O Catecismo da Igreja Católica define a heresia do seguinte modo:
´Incredulidade
é negligenciar uma verdade revelada ou a voluntária recusa em dar assentimento
de fé a uma verdade revelada. Heresia é a negação após o batismo de algumas
verdades que devem ser acreditadas com fé divina e Católica, ou igualmente uma
obstinada dúvida com relação às mesmas; apostasia é o total repúdio da fé
cristã; cisma é o ato de recusar´se a submeter´se ao Romano Pontífice ou à
comunhão com os membros da Igreja sujeitos a ele´ (CCC 2089).
Para
ser culpado de heresia, uma pessoa deve estar obstinada (incorrigível) no erro.
Uma pessoa que está aberta à correção ou que simplesmente não tem consciência
de que o que ela está dizendo é contrário ao ensinamento da Igreja, não pode
ser considerada como herética.
A dúvida ou negação envolvida na heresia deve ser
pós´batismal. Para ser acusado de heresia, uma pessoa deve ser antes de tudo um
batizado. Isso significa que aqueles movimentos que surgiram da divisão do
Cristianismo ou que foram influenciados por ele, mas que não administram o
batismo ou que não batizam validamente, não podem ser considerados heresias mas
apenas religiões separadas (exemplos incluem Muçulmanos que não possuem
batismos e Testemunhas de Jeová que não batizam validamente).
E, finalmente, a dúvida ou negação envolvidos na
heresia devem estar relacionados a uma matéria que deve ser crida com ´fé
Católica e divina´ ´ em outras palavras, alguma coisa que tenha sido definida
solenemente pela Igreja como verdade divinamente revelada (por exemplo, a
Santíssima Trindade, a Encarnação, a Presença Real de Cristo na Eucaristia, o
Sacrifício da Missa, a Infalibilidade Papal, a Imaculada Conceição e Assunção
de Nossa Senhora).
É especialmente importante saber distinguir heresia
de cisma e apostasia. No cisma, uma pessoa ou grupo se separa da Igreja
Católica sem repudiar nenhuma doutrina definida. Já na apostasia, uma pessoa
repudia totalmente a fé cristã e não mais se considera cristã.
É interessante notar como, de uma forma ou outra, a
imensa maioria destas heresias permanece…
http://afeexplicada.wordpress.com/2011/05/06/o-que-e-heresia/
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A ICONOCLASTIA
Mons. Urbano Zilles
1 - O Problema
Antigo Testamento certamente conhece a proibição das imagens: "Não farás para ti imagem esculpida de nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou em baixo, na terra, ou nas águas que estão debaixo da terra. Não te prostrarás diante desses deuses e não os servirás" (Ex 20,4-5).
Está claro o motivo dessa proibição: a idolatria. Mas deverão as imagens sempre e necessariamente conduzir à idolatria? O uso ou o culto das imagens ameaça ou obscurece a transcendência de Deus? Pode o homem pensar sem imagens?
Já no Antigo Testamento a proibição de fazer imagens não era algo tão absoluto como pregadores fundamentalistas pretendem. Há, outrossim, textos que mostram que o próprio Senhor mandou fazer imagens para manter a piedade de Israel. Assim, no mesmo livro do Êxodo, também lemos, como vimos acima, que o Senhor mandou Moisés colocar dois querubins de ouro sobre o propiciatório da arca; era pelo propiciatório assim configurado que Javé falava ao seu povo. Por isso a Bíblia costuma dizer que "Javé está sentado sobre os querubins" (Ex 25,17-22). Caberia conferir, nesse sentido, outros textos como 1 Rs 6,23-28; Nm 21,4-9; etc.
Nem todos os judeus interpretaram a proibição do Êxodo e do Deuteronômio como absoluta, porque também introduziram o uso de imagens em sinagogas, como mostram os numerosos afrescos e mosaicos nas sinagogas de Bet-Alfa, Gérasa, Naara e a famosa sinagoga de Dura-Êuropos, na Babilônia, na qual Moisés foi representado frente à sarça ardente, o sacrifício de Abraão, etc., e túmulos judaicos em Roma, ornados com representações de animais e homens.
No Novo Testamento só é proibido venerar as imagens dos deuses pagãos (ITes 1,9; 1 Cor 5,10). As mais antigas catacumbas romanas já eram enfeitadas com representações cristãs, com muitos elementos derivados da arte profana dos pagãos.
Nem o Antigo nem o Novo Testamento, bem entendidos, proíbem a arte, a produção de imagens profanas. A imagem religiosa encontrava resistência não só em vista do perigo da idolatria. Eusébio de Cesárea se opôs ao pedido de Constantino de ter uma imagem de Cristo, dizendo ser impossível representar com cores mortas e sem vida este Jesus que já na terra era irradiação da glória divina (PG 20,1545). Gregório Magno repele a adoração das imagens, mas aceita seu uso pedagógico: "O que para os leitores a escrita é, para os olhos dos não-instruídos, o é a imagem, pois até os ignorantes vêem nela o que devem imitar, lendo nela inclusive os que não sabem ler" (Ep 11,13). Em outros termos, a imagem adquire valor complementar ao da palavra e dos sacramentos.
O cristianismo primeiro evitou, em geral, o culto das imagens por causa do perigo da idolatria. Mas cedo introduziu imagens como adorno e ilustrações, passando depois ao seu culto, sobretudo no Oriente. Aparecem, então, símbolos e figuras decorativas que lembram os mistérios da salvação em torno da pessoa de Jesus e dos apóstolos. Em pinturas e esculturas, artistas passaram a representar as imagens de Cristo: Jesus corno pastor, Jesus corno pescador com seus apóstolos ou Jesus nos diversos relatos evangélicos. As imagens passaram a recordar a imagem original.
Nos séculos IV e V, com o apoio da hierarquia, desenvolveu-se urna iconografia gigantesca, inspirando-se ora no Antigo Testamento, ora no Novo Testamento. Salientou-se o Cristo Pantocrator, a Virgem e os Santos no fundo das ábsides basilicais. No Oriente bizantino, desenvolveu-se a iconografia com excepcional exuberância.
O culto das imagens exerce grande importância no rito bizantino como entre os cristãos ortodoxos em geral. A grade que fecha o santuário, chamada iconostase, é ornada de imagens. Trata-se de urna reação contra a iconoclastia dos séculos VIII e IX.
A Igreja do Ocidente aceita as imagens nos lugares de culto. Enquanto os calvinistas as rejeitam por contrariarem a Bíblia e alimentarem o perigo da idolatria, os luteranos mais recentemente defendem que o mandato de Cristo aos discípulos de pregar o evangelho em todas as línguas inclui também o uso da linguagem figurada do artista (pintor ou escultor). Lembram que a Bíblia se serviu de imagens, palavras de sentido metafórico, para expressar verdades divinas. Os luteranos alemães afirmam que quem, como Lutero, reconhece na música o veículo apto da fé e do amor dos cristãos, não pode deixar de reconhecer também nas representações visuais um instrumento apto para proclamar a verdade revelada.
No Ocidente, apesar de protestos, sob a égide de Roma e do movimento monástico medieval, desenvolveu-se uma vasta tradição iconográfica. Na época românica e gótica, as imagens, perfeitamente integradas na arquitetura, representam os mais variados temas bíblicos e hagiográficos. A partir do século XV, a arte mística e patética medieval passou a ser substituída pelo realismo renascentista. Quando, no século XVI, a arte entra em decadência, recoloca-se o problema das imagens no tempo da Reforma. O Concílio de Trento rejeita o ataque de idolatria, tentando disciplinar o movimento artístico cristão. O caminho, no Oriente, foi diferente, com duras lutas.
2 - A Iconoclastia
Quando, hoje, um ocidental visita urna igreja ortodoxa, no Oriente, certamente se impressiona com as numerosas imagens, as quais são saudadas e beijadas pelos fiéis em seqüência hierárquica.Muitas vezes, sobretudo na Rússia, uma parede inteira de imagens (iconostase) separa o ambiente do altar do ambiente da comunidade. Se as basílicas e os mosaicos "constantinianos" eram comuns ao Ocidente e ao Oriente, os ícones expressam um caráter tipicamente oriental.
A partir do século V, entre os cristãos orientais, tomou-se comum a prática de acender velas junto às imagens nas igrejas ou em casa, oferecer-lhes incenso ou beijá-las. Dizia-se que quem beija uma imagem, beija o próprio Cristo ou o santo representado. Tudo parece indicar que essa prática desenvolveu-se primeiro entre o povo e posteriormente os teólogos tentaram justificá-la e, não raro, corrigi-la a partir da Teologia da encarnação de Deus em Cristo. Assim, quem negasse a imagem de Cristo, negaria a verdade da encarnação de Deus em Cristo. Sobretudo os monges dedicaram-se a satisfazer o desejo do povo de ver e encontrar ajuda nas imagens e oportunizar experiências da graça e de milagres. É de supor que já então, como hoje, o povo nem sempre respeitou os limites estabelecidos pelos teólogos entre adoração e veneração, instaurando-se abusos considerados idolatria. Só dessa forma se pode entender a violência da luta contra o culto às imagens (Iconoclasmo ou iconoclastia) que perdurou mais de um século.
O movimento bizantino de iconoclastia, nos séculos VIII e IX, também derivou da doutrina judaica (Ex 20,4-5) e da doutrina islâmica (Corão III, 43, etc.) e, de modo especial das doutrinas heréticas que insistiam na separação das naturezas humana e divina de Cristo (nestorianismo) ou em sua união em uma só natureza (monofisismo). Sob esse aspecto, a iconoclastia foi uma conseqüência natural das lutas cristológicas que tanto sacudiram as províncias orientais do império.
A iconoclastia nasceu no império bizantino ameaçado pelo islamismo. Aos olhos dos governantes, deveria servir para acabar com práticas religiosas, que se confundiam com a idolatria, e para evitar a intervenção armada dos muçulmanos. Leão III Isáurico (717-741) foi quem desencadeou a querela das imagens. Este imperador, sírio de origem, conhecia o monofisismo e o islamismo. Os bizantinos, a exemplo dos gregos clássicos, preferiam as figuras humanas. As lutas cristológicas e a interpretação do Corão buscavam uma espiritualidade pura e a escolha dos velhos temas artísticos que ignoravam a representação de seres vivos. A aversão às imagens santas vinha dos fiéis que viam, no perigo exterior (árabes) e no interior, o castigo do Senhor, provocado pelos ímpios adoradores de imagens. Alegavam ser imprudente provocar os muçulmanos, que rejeitavam as imagens porque eram mudas e não respiravam.
A partir de 724, o imperador Leão III começou sua campanha contra as imagens e ordenou sua destruição. Os bispos ortodoxos reagiram a favor delas e o papa Gregório II (715-731) condenou a iconoclastia de Leão III. Mas o imperador prosseguiu sua luta contra as imagens e contra seus fabricantes.
No Concílio Romano de 731, o Papa Gregório III condenou os profanadores de imagens e confirmou seu culto.
Constantino V, filho de Leão III, cultivou aversão às imagens. No dia 28 de agosto de 753, reuniu numerosos bispos em Heiria, na presença de um novo patriarca, cuja eleição havia favorecido, e promulgou no Fórum os decretos que proscreviam as imagens. Comparou o culto às imagens à idolatria. Proibiu a imagem do próprio Cristo. Dizia que a única imagem de Cristo é a Eucaristia tal como consta na liturgia de S. Basílio. Apesar da heresia de Constantino V, os bispos presentes em Heiria confirmaram o culto da santa Virgem e a intercessão dos santos.
A perseguição do imperador foi violenta, e houve numerosos mártires. Os patriarcas orientais e os latinos censuraram a iconoclastia oficial do palácio e do patriarca bizantino.
Leão IV, filho de Constantino, era iconoclasta, mas não destruiu imagens, nem perseguiu os veneradores de imagens. Sua esposa Irene respeitava os monges e venerava as imagens. Depois da morte do imperador, em 780, Irene tentou acabar com a iconoclastia. Com a prévia aprovação do Papa e dos Patriarcas, foi convocado o VII Concílio ecumênico em 786. Nesse Concílio, realizado em Nicéia, em 787, foram condenados os iconoclastas, restabeleceu-se a união das Igrejas, o culto das imagens e a veneração dos santos.
Os iconoclastas, contudo, não desapareceram. Quando o imperador Constantino VI buscou apoio para obter a legitimação de seu concubinato com sua amante Teodotea, os iconoclastas reapareceram em cena. Irene retomou o poder (797-802). Depois os imperadores se tomaram mais moderados, exceto Leão V, o Armênio (813-820), que perseguiu os veneradores de imagens. Mas, defendendo as imagens, os ortodoxos punham em dúvida o poder do imperador para legislar em matéria religiosa. Teodoro Estudita, por sua vez, insistia em que o Papa de Roma era a última instância para todas as questões de fé.
Em 843, houve o restabelecimento definitivo do culto às imagens no Oriente. Assim Bizâncio retomou seu espírito. A arte sacra recebeu um impulso excepcional, assegurando-lhe, durante séculos, lugar de primeira grandeza.
No Ocidente, os teólogos de Carlos Magno, nos Livros carolíngios (790) insistem em que as imagens não devem ser adoradas. S. Tomás de Aquino vê uma tríplice função da imagem: como instrumento de informação, ou seja, para instruir os que não sabem ler; como ajuda para a memória dos mistérios da salvação e como estímulo para devoção (In IV Sent., I. III, dist. IX a.2.). Em geral, os ocidentais admitem o valor próprio da obra de arte, mas mostram-se menos sensíveis, quando se trata de nela reconhecer o valor teológico da glória divina.
3 - Reflexões teológicas
Se não se pode fazer imagem adequada de Deus transcendente, é verdade que na criação há um reflexo ou algum vestígio do mesmo, pois o livro do Gênesis nos fala do homem criado "à imagem e semelhança" de Deus (Gn 1,26). Em 1Cor 11,7s é confirmada a idéia de que o homem é a imagem e reflexo de Deus. O próprio Cristo, no Novo Testamento, é imagem de Deus, no sentido de que reflete plenamente em si próprio a substância do Pai (C1,1, 15).
Em Cristo, a noção de imagem assume seu significado mais realista. Pela fé, hoje ainda vemos como que em espelho, de maneira confusa; entretanto, depois veremos face a face; hoje conhecemos de modo imperfeito, depois conheceremos como somos conhecidos (lCor 13,12).
O mundo bizantino colocou, nos séculos VIII e IX, o confronto teológico da relação entre imagem e culto. Os teólogos orientais, nesse confronto, argumentaram: o ícone é o documento teândrico que anula a proibição vetero-testamentária de fazer imagens de Deus, pois supõe a encarnação. O que permite representar Deus é o fato de, em Cristo, ter-se feito homem. S. João Damasceno afirma: "Antigamente Deus, que não tem nem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora, que se mostrou na carne e viveu com os homens, posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus (n.). Com o rosto descoberto, contemplamos a glória de Deus" (Imag. 1,16). Por isso, o segundo Concílio de Nicéia, em 787, reconhece ao ícone o direito à veneração, não à adoração: "Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos Santos Padres e da tradição da Igreja, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto da imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto da de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima Mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos"(DS 600).
Para os orientais, o ícone é uma pintura do gênero sacro, muitas vezes portátil, feita de madeira, segundo técnica particular. A teologia do ícone é iniciada na contemplação do mistério da encarnação, narrada em Cl 1,15: "Cristo é a imagem do Deus invisível" e termina por tornar-se uma teologia visual, numa teofania: "Quanto o Evangelho expressa com a palavra, o ícone proclama com as cores e o torna presente".
O motivo da proibição de imagens, nos tempos de Moisés, é o fato de ser Javé um Deus que não se vê e, por isso, não pode ser representado. Toda e qualquer imagem que dele se fizer será inadequada. As gerações cristãs entenderam que deveriam procurar o acesso ao Invisível, passando pelo visível de Cristo. Nele Deus fez-se homem e como tal pode ser representado, não só na linguagem verbal, mas também na visual. Assim a representação visual, em tela ou escultura dos episódios da vida de Jesus, cedo se tornou o "catecismo dos iletrados". Nada obsta que a Deus Filho se atribua figura humana. O Espírito Santo, na Sagrada Escritura, não aparece sob figura humana, mas em forma de pomba (Mt 3,16) ou de línguas de fogo (At 2,3). Deus Pai costuma representar-se por um dedo ou por uma mão, sinais de ação e de poder, como sugere Lc 11,20: "Se é pelo dedo de Deus que expulso os demônios...", ou ainda na figura de um ancião, conforme Dn 7,9, que vê o Filho do homem caminhando em direção de venerável varão de cabeleira branca, sentado sobre um trono.
As imagens são sinais que impressionam a sensibilidade, da mesma forma como os sons, estimulando o espírito a aderir mais plenamente ao Deus invisível. Como a namorada sabe que a fotografia do seu amado, que carrega consigo na bolsa, não substitui a pessoa viva do mesmo, o cristão sabe que a imagem não é Deus, nem o santo que representa.
(...)
Apesar de nossas considerações teológicas, deve-se reconhecer que, algumas vezes, o povo se apega excessivamente às imagens em si, perdendo a clara e necessária distinção entre o meio, a imagem, e a pessoa a que se tributa a veneração ou, no caso de Deus, a adoração. Através dos séculos, a Igreja não se cansa de chamar a atenção contra os desvios.
4 - O Ícone na espiritualidade bizantina
Os ícones ocupam um lugar importante nos países de cristãos ortodoxos. Não só povoam os templos. Encontram-se ao longo das estradas, nos cruzamentos, nos pórticos de entrada dos povoados. Nas residências, o ícone com uma lamparina assemelha-se a um santuário familiar. Em cada residência o ícone ocupa lugar de honra, na entrada, para ser o primeiro a acolher o visitante.
O ícone acompanha o fiel durante toda a vida. Recebe um ícone ao ser batizado e outro no casamento. Com ele os pais benzem o filho, quando parte em viagem e os circunstantes o moribundo.
Para os ortodoxos, o ícone por excelência é o rosto de Cristo, cujo primeiro modelo não foi fabricado por mão humana.
O mandjilion ou aqueropita, pintado em pano pelo próprio Cristo, segundo a lenda, que o teria enviado a Abgar, rei de Edessa, e aí teria ficado escondido durante muito tempo. É uma tradição oriental que corresponde ao santo sudário (síndone) que hoje se guarda em Turim. A face humana de Deus "é imagem (eikôn) do Deus invisível" (CIl,15), sua humanidade é "o visível do invisível". Quando o Verbo se fez carne, tornou-se necessário o ícone, que representa Cristo e os santos quase sempre frontalmente, tornando-o transparente, pois conduz do visível de Cristo ao invisível do Espírito.
O ícone ensina-nos a descobrir em cada homem a imagem de Deus, pois é uma arte transfigurativa.
Num ícone a luz não parte de um foco concreto. Os pintores fazem a luz irradiar do próprio fundo do mesmo. O corpo e as vestes são iluminadas com finos traços de ouro. Os animais, as plantas e as paisagens são estilizadas segundo sua essência espiritual. A obra de arte geralmente é abençoada durante a celebração eucarística.
Para os orientais, bizantinos ou ortodoxos, a contemplação das imagens de Cristo, da Virgem e dos santos, não tem apenas valor didático ou comemorativo dos mistérios salvíficos, nem se satisfaz com estimular a devoção.
Os ícones possuem valor dogmático verdadeiro e específico, ocupando lugar de destaque na economia eclesial. Diz o Concílio de Constantinopla, em 843: "A arte sagrada do ícone não foi inventada pelos artistas. É instituição que vem dos Santos Padres e da tradição da Igreja" (Mansi XIII, 252 c). Para os orientais, o iconoclasmo peca por docetismo, pois não sabe reconhecer a epifania do invisível; mostra-se insensível ao sagrado na história; nega que a santidade seja capaz de transfigurar a natureza. Dessa maneira, atacar os ícones é atacar o estado monástico, o culto dos santos, a própria maternidade de Maria e, em última instância, negar a encarnação de Cristo.
O ícone, na liturgia bizantina, faz com que a visão adquira certa primazia sobre a palavra, já que capta o elemento sensível do Verbo encarnado, sob a forma espiritual e impregnada de santidade, que nos é oferecida pela força do Espírito Santo. Não substitui os sacramentos, mas, de certo modo, permite-nos já agora perceber a glória final, revelando-nos a beleza do reino celestial. O iconógrafo, por isso, deve preparar-se, para a pintura, com orações e jejuns, com ascese e santidade, pois o ícone é feito para a contemplação sensível da divindade invisível e santa. Através da percepção da santidade, que transparece na forma sensível, nós ficamos santificados pela força do Espírito Santo. Enquanto a iconografia oriental sempre indica a unidade entre o divino e o humano, a arte ocidental prefere acentuar a diferença.
Ícones são, para os cristãos orientais, mais que simples exercícios estéticos ou meros instrumentos pedagógicos para a educação do povo simples. Para a compreensão ortodoxa, os ícones são, ao lado da proclamação da Palavra e da celebração da Eucaristia, algo como sacramentais, ou seja, uma forma singular da comunicação do crente com Deus.
Para concluir, (...) Vale citar a palavra de S. João Damasceno: "A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus".
FONTE:
Mons. Urbano Zilles - Revista Teocomunicação - Vol. 27 / Dez/1997 - Porto Alegre - Brasil
http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/iconografia/a_iconoclastia.html
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Testemunhas de Jeová
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ICONOCLASTIA (DESTRUIDORES DE IMAGENS)
A ICONOCLASTIA
Mons. Urbano Zilles
1 - O Problema
Antigo Testamento certamente conhece a proibição das imagens: "Não farás para ti imagem esculpida de nada que se assemelhe ao que existe lá em cima, nos céus, ou em baixo, na terra, ou nas águas que estão debaixo da terra. Não te prostrarás diante desses deuses e não os servirás" (Ex 20,4-5).
Está claro o motivo dessa proibição: a idolatria. Mas deverão as imagens sempre e necessariamente conduzir à idolatria? O uso ou o culto das imagens ameaça ou obscurece a transcendência de Deus? Pode o homem pensar sem imagens?
Já no Antigo Testamento a proibição de fazer imagens não era algo tão absoluto como pregadores fundamentalistas pretendem. Há, outrossim, textos que mostram que o próprio Senhor mandou fazer imagens para manter a piedade de Israel. Assim, no mesmo livro do Êxodo, também lemos, como vimos acima, que o Senhor mandou Moisés colocar dois querubins de ouro sobre o propiciatório da arca; era pelo propiciatório assim configurado que Javé falava ao seu povo. Por isso a Bíblia costuma dizer que "Javé está sentado sobre os querubins" (Ex 25,17-22). Caberia conferir, nesse sentido, outros textos como 1 Rs 6,23-28; Nm 21,4-9; etc.
Nem todos os judeus interpretaram a proibição do Êxodo e do Deuteronômio como absoluta, porque também introduziram o uso de imagens em sinagogas, como mostram os numerosos afrescos e mosaicos nas sinagogas de Bet-Alfa, Gérasa, Naara e a famosa sinagoga de Dura-Êuropos, na Babilônia, na qual Moisés foi representado frente à sarça ardente, o sacrifício de Abraão, etc., e túmulos judaicos em Roma, ornados com representações de animais e homens.
No Novo Testamento só é proibido venerar as imagens dos deuses pagãos (ITes 1,9; 1 Cor 5,10). As mais antigas catacumbas romanas já eram enfeitadas com representações cristãs, com muitos elementos derivados da arte profana dos pagãos.
Nem o Antigo nem o Novo Testamento, bem entendidos, proíbem a arte, a produção de imagens profanas. A imagem religiosa encontrava resistência não só em vista do perigo da idolatria. Eusébio de Cesárea se opôs ao pedido de Constantino de ter uma imagem de Cristo, dizendo ser impossível representar com cores mortas e sem vida este Jesus que já na terra era irradiação da glória divina (PG 20,1545). Gregório Magno repele a adoração das imagens, mas aceita seu uso pedagógico: "O que para os leitores a escrita é, para os olhos dos não-instruídos, o é a imagem, pois até os ignorantes vêem nela o que devem imitar, lendo nela inclusive os que não sabem ler" (Ep 11,13). Em outros termos, a imagem adquire valor complementar ao da palavra e dos sacramentos.
O cristianismo primeiro evitou, em geral, o culto das imagens por causa do perigo da idolatria. Mas cedo introduziu imagens como adorno e ilustrações, passando depois ao seu culto, sobretudo no Oriente. Aparecem, então, símbolos e figuras decorativas que lembram os mistérios da salvação em torno da pessoa de Jesus e dos apóstolos. Em pinturas e esculturas, artistas passaram a representar as imagens de Cristo: Jesus corno pastor, Jesus corno pescador com seus apóstolos ou Jesus nos diversos relatos evangélicos. As imagens passaram a recordar a imagem original.
Nos séculos IV e V, com o apoio da hierarquia, desenvolveu-se urna iconografia gigantesca, inspirando-se ora no Antigo Testamento, ora no Novo Testamento. Salientou-se o Cristo Pantocrator, a Virgem e os Santos no fundo das ábsides basilicais. No Oriente bizantino, desenvolveu-se a iconografia com excepcional exuberância.
O culto das imagens exerce grande importância no rito bizantino como entre os cristãos ortodoxos em geral. A grade que fecha o santuário, chamada iconostase, é ornada de imagens. Trata-se de urna reação contra a iconoclastia dos séculos VIII e IX.
A Igreja do Ocidente aceita as imagens nos lugares de culto. Enquanto os calvinistas as rejeitam por contrariarem a Bíblia e alimentarem o perigo da idolatria, os luteranos mais recentemente defendem que o mandato de Cristo aos discípulos de pregar o evangelho em todas as línguas inclui também o uso da linguagem figurada do artista (pintor ou escultor). Lembram que a Bíblia se serviu de imagens, palavras de sentido metafórico, para expressar verdades divinas. Os luteranos alemães afirmam que quem, como Lutero, reconhece na música o veículo apto da fé e do amor dos cristãos, não pode deixar de reconhecer também nas representações visuais um instrumento apto para proclamar a verdade revelada.
No Ocidente, apesar de protestos, sob a égide de Roma e do movimento monástico medieval, desenvolveu-se uma vasta tradição iconográfica. Na época românica e gótica, as imagens, perfeitamente integradas na arquitetura, representam os mais variados temas bíblicos e hagiográficos. A partir do século XV, a arte mística e patética medieval passou a ser substituída pelo realismo renascentista. Quando, no século XVI, a arte entra em decadência, recoloca-se o problema das imagens no tempo da Reforma. O Concílio de Trento rejeita o ataque de idolatria, tentando disciplinar o movimento artístico cristão. O caminho, no Oriente, foi diferente, com duras lutas.
2 - A Iconoclastia
Quando, hoje, um ocidental visita urna igreja ortodoxa, no Oriente, certamente se impressiona com as numerosas imagens, as quais são saudadas e beijadas pelos fiéis em seqüência hierárquica.Muitas vezes, sobretudo na Rússia, uma parede inteira de imagens (iconostase) separa o ambiente do altar do ambiente da comunidade. Se as basílicas e os mosaicos "constantinianos" eram comuns ao Ocidente e ao Oriente, os ícones expressam um caráter tipicamente oriental.
A partir do século V, entre os cristãos orientais, tomou-se comum a prática de acender velas junto às imagens nas igrejas ou em casa, oferecer-lhes incenso ou beijá-las. Dizia-se que quem beija uma imagem, beija o próprio Cristo ou o santo representado. Tudo parece indicar que essa prática desenvolveu-se primeiro entre o povo e posteriormente os teólogos tentaram justificá-la e, não raro, corrigi-la a partir da Teologia da encarnação de Deus em Cristo. Assim, quem negasse a imagem de Cristo, negaria a verdade da encarnação de Deus em Cristo. Sobretudo os monges dedicaram-se a satisfazer o desejo do povo de ver e encontrar ajuda nas imagens e oportunizar experiências da graça e de milagres. É de supor que já então, como hoje, o povo nem sempre respeitou os limites estabelecidos pelos teólogos entre adoração e veneração, instaurando-se abusos considerados idolatria. Só dessa forma se pode entender a violência da luta contra o culto às imagens (Iconoclasmo ou iconoclastia) que perdurou mais de um século.
O movimento bizantino de iconoclastia, nos séculos VIII e IX, também derivou da doutrina judaica (Ex 20,4-5) e da doutrina islâmica (Corão III, 43, etc.) e, de modo especial das doutrinas heréticas que insistiam na separação das naturezas humana e divina de Cristo (nestorianismo) ou em sua união em uma só natureza (monofisismo). Sob esse aspecto, a iconoclastia foi uma conseqüência natural das lutas cristológicas que tanto sacudiram as províncias orientais do império.
A iconoclastia nasceu no império bizantino ameaçado pelo islamismo. Aos olhos dos governantes, deveria servir para acabar com práticas religiosas, que se confundiam com a idolatria, e para evitar a intervenção armada dos muçulmanos. Leão III Isáurico (717-741) foi quem desencadeou a querela das imagens. Este imperador, sírio de origem, conhecia o monofisismo e o islamismo. Os bizantinos, a exemplo dos gregos clássicos, preferiam as figuras humanas. As lutas cristológicas e a interpretação do Corão buscavam uma espiritualidade pura e a escolha dos velhos temas artísticos que ignoravam a representação de seres vivos. A aversão às imagens santas vinha dos fiéis que viam, no perigo exterior (árabes) e no interior, o castigo do Senhor, provocado pelos ímpios adoradores de imagens. Alegavam ser imprudente provocar os muçulmanos, que rejeitavam as imagens porque eram mudas e não respiravam.
A partir de 724, o imperador Leão III começou sua campanha contra as imagens e ordenou sua destruição. Os bispos ortodoxos reagiram a favor delas e o papa Gregório II (715-731) condenou a iconoclastia de Leão III. Mas o imperador prosseguiu sua luta contra as imagens e contra seus fabricantes.
No Concílio Romano de 731, o Papa Gregório III condenou os profanadores de imagens e confirmou seu culto.
Constantino V, filho de Leão III, cultivou aversão às imagens. No dia 28 de agosto de 753, reuniu numerosos bispos em Heiria, na presença de um novo patriarca, cuja eleição havia favorecido, e promulgou no Fórum os decretos que proscreviam as imagens. Comparou o culto às imagens à idolatria. Proibiu a imagem do próprio Cristo. Dizia que a única imagem de Cristo é a Eucaristia tal como consta na liturgia de S. Basílio. Apesar da heresia de Constantino V, os bispos presentes em Heiria confirmaram o culto da santa Virgem e a intercessão dos santos.
A perseguição do imperador foi violenta, e houve numerosos mártires. Os patriarcas orientais e os latinos censuraram a iconoclastia oficial do palácio e do patriarca bizantino.
Leão IV, filho de Constantino, era iconoclasta, mas não destruiu imagens, nem perseguiu os veneradores de imagens. Sua esposa Irene respeitava os monges e venerava as imagens. Depois da morte do imperador, em 780, Irene tentou acabar com a iconoclastia. Com a prévia aprovação do Papa e dos Patriarcas, foi convocado o VII Concílio ecumênico em 786. Nesse Concílio, realizado em Nicéia, em 787, foram condenados os iconoclastas, restabeleceu-se a união das Igrejas, o culto das imagens e a veneração dos santos.
Os iconoclastas, contudo, não desapareceram. Quando o imperador Constantino VI buscou apoio para obter a legitimação de seu concubinato com sua amante Teodotea, os iconoclastas reapareceram em cena. Irene retomou o poder (797-802). Depois os imperadores se tomaram mais moderados, exceto Leão V, o Armênio (813-820), que perseguiu os veneradores de imagens. Mas, defendendo as imagens, os ortodoxos punham em dúvida o poder do imperador para legislar em matéria religiosa. Teodoro Estudita, por sua vez, insistia em que o Papa de Roma era a última instância para todas as questões de fé.
Em 843, houve o restabelecimento definitivo do culto às imagens no Oriente. Assim Bizâncio retomou seu espírito. A arte sacra recebeu um impulso excepcional, assegurando-lhe, durante séculos, lugar de primeira grandeza.
No Ocidente, os teólogos de Carlos Magno, nos Livros carolíngios (790) insistem em que as imagens não devem ser adoradas. S. Tomás de Aquino vê uma tríplice função da imagem: como instrumento de informação, ou seja, para instruir os que não sabem ler; como ajuda para a memória dos mistérios da salvação e como estímulo para devoção (In IV Sent., I. III, dist. IX a.2.). Em geral, os ocidentais admitem o valor próprio da obra de arte, mas mostram-se menos sensíveis, quando se trata de nela reconhecer o valor teológico da glória divina.
3 - Reflexões teológicas
Se não se pode fazer imagem adequada de Deus transcendente, é verdade que na criação há um reflexo ou algum vestígio do mesmo, pois o livro do Gênesis nos fala do homem criado "à imagem e semelhança" de Deus (Gn 1,26). Em 1Cor 11,7s é confirmada a idéia de que o homem é a imagem e reflexo de Deus. O próprio Cristo, no Novo Testamento, é imagem de Deus, no sentido de que reflete plenamente em si próprio a substância do Pai (C1,1, 15).
Em Cristo, a noção de imagem assume seu significado mais realista. Pela fé, hoje ainda vemos como que em espelho, de maneira confusa; entretanto, depois veremos face a face; hoje conhecemos de modo imperfeito, depois conheceremos como somos conhecidos (lCor 13,12).
O mundo bizantino colocou, nos séculos VIII e IX, o confronto teológico da relação entre imagem e culto. Os teólogos orientais, nesse confronto, argumentaram: o ícone é o documento teândrico que anula a proibição vetero-testamentária de fazer imagens de Deus, pois supõe a encarnação. O que permite representar Deus é o fato de, em Cristo, ter-se feito homem. S. João Damasceno afirma: "Antigamente Deus, que não tem nem corpo nem aparência, não podia em absoluto ser representado por uma imagem. Mas agora, que se mostrou na carne e viveu com os homens, posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus (n.). Com o rosto descoberto, contemplamos a glória de Deus" (Imag. 1,16). Por isso, o segundo Concílio de Nicéia, em 787, reconhece ao ícone o direito à veneração, não à adoração: "Na trilha da doutrina divinamente inspirada dos nossos Santos Padres e da tradição da Igreja, que sabemos ser a tradição do Espírito Santo que habita nela, definimos com toda a certeza e acerto que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da cruz preciosa e vivificante, sejam elas pintadas, de mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas igrejas de Deus, sobre os utensílios e as vestes sacras, sobre paredes e em quadros, nas casas e nos caminhos, tanto da imagem de Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, quanto da de Nossa Senhora, a puríssima e santíssima Mãe de Deus, dos santos anjos, de todos os santos e dos justos"(DS 600).
Para os orientais, o ícone é uma pintura do gênero sacro, muitas vezes portátil, feita de madeira, segundo técnica particular. A teologia do ícone é iniciada na contemplação do mistério da encarnação, narrada em Cl 1,15: "Cristo é a imagem do Deus invisível" e termina por tornar-se uma teologia visual, numa teofania: "Quanto o Evangelho expressa com a palavra, o ícone proclama com as cores e o torna presente".
O motivo da proibição de imagens, nos tempos de Moisés, é o fato de ser Javé um Deus que não se vê e, por isso, não pode ser representado. Toda e qualquer imagem que dele se fizer será inadequada. As gerações cristãs entenderam que deveriam procurar o acesso ao Invisível, passando pelo visível de Cristo. Nele Deus fez-se homem e como tal pode ser representado, não só na linguagem verbal, mas também na visual. Assim a representação visual, em tela ou escultura dos episódios da vida de Jesus, cedo se tornou o "catecismo dos iletrados". Nada obsta que a Deus Filho se atribua figura humana. O Espírito Santo, na Sagrada Escritura, não aparece sob figura humana, mas em forma de pomba (Mt 3,16) ou de línguas de fogo (At 2,3). Deus Pai costuma representar-se por um dedo ou por uma mão, sinais de ação e de poder, como sugere Lc 11,20: "Se é pelo dedo de Deus que expulso os demônios...", ou ainda na figura de um ancião, conforme Dn 7,9, que vê o Filho do homem caminhando em direção de venerável varão de cabeleira branca, sentado sobre um trono.
As imagens são sinais que impressionam a sensibilidade, da mesma forma como os sons, estimulando o espírito a aderir mais plenamente ao Deus invisível. Como a namorada sabe que a fotografia do seu amado, que carrega consigo na bolsa, não substitui a pessoa viva do mesmo, o cristão sabe que a imagem não é Deus, nem o santo que representa.
(...)
Apesar de nossas considerações teológicas, deve-se reconhecer que, algumas vezes, o povo se apega excessivamente às imagens em si, perdendo a clara e necessária distinção entre o meio, a imagem, e a pessoa a que se tributa a veneração ou, no caso de Deus, a adoração. Através dos séculos, a Igreja não se cansa de chamar a atenção contra os desvios.
4 - O Ícone na espiritualidade bizantina
Os ícones ocupam um lugar importante nos países de cristãos ortodoxos. Não só povoam os templos. Encontram-se ao longo das estradas, nos cruzamentos, nos pórticos de entrada dos povoados. Nas residências, o ícone com uma lamparina assemelha-se a um santuário familiar. Em cada residência o ícone ocupa lugar de honra, na entrada, para ser o primeiro a acolher o visitante.
O ícone acompanha o fiel durante toda a vida. Recebe um ícone ao ser batizado e outro no casamento. Com ele os pais benzem o filho, quando parte em viagem e os circunstantes o moribundo.
Para os ortodoxos, o ícone por excelência é o rosto de Cristo, cujo primeiro modelo não foi fabricado por mão humana.
O mandjilion ou aqueropita, pintado em pano pelo próprio Cristo, segundo a lenda, que o teria enviado a Abgar, rei de Edessa, e aí teria ficado escondido durante muito tempo. É uma tradição oriental que corresponde ao santo sudário (síndone) que hoje se guarda em Turim. A face humana de Deus "é imagem (eikôn) do Deus invisível" (CIl,15), sua humanidade é "o visível do invisível". Quando o Verbo se fez carne, tornou-se necessário o ícone, que representa Cristo e os santos quase sempre frontalmente, tornando-o transparente, pois conduz do visível de Cristo ao invisível do Espírito.
O ícone ensina-nos a descobrir em cada homem a imagem de Deus, pois é uma arte transfigurativa.
Num ícone a luz não parte de um foco concreto. Os pintores fazem a luz irradiar do próprio fundo do mesmo. O corpo e as vestes são iluminadas com finos traços de ouro. Os animais, as plantas e as paisagens são estilizadas segundo sua essência espiritual. A obra de arte geralmente é abençoada durante a celebração eucarística.
Para os orientais, bizantinos ou ortodoxos, a contemplação das imagens de Cristo, da Virgem e dos santos, não tem apenas valor didático ou comemorativo dos mistérios salvíficos, nem se satisfaz com estimular a devoção.
Os ícones possuem valor dogmático verdadeiro e específico, ocupando lugar de destaque na economia eclesial. Diz o Concílio de Constantinopla, em 843: "A arte sagrada do ícone não foi inventada pelos artistas. É instituição que vem dos Santos Padres e da tradição da Igreja" (Mansi XIII, 252 c). Para os orientais, o iconoclasmo peca por docetismo, pois não sabe reconhecer a epifania do invisível; mostra-se insensível ao sagrado na história; nega que a santidade seja capaz de transfigurar a natureza. Dessa maneira, atacar os ícones é atacar o estado monástico, o culto dos santos, a própria maternidade de Maria e, em última instância, negar a encarnação de Cristo.
O ícone, na liturgia bizantina, faz com que a visão adquira certa primazia sobre a palavra, já que capta o elemento sensível do Verbo encarnado, sob a forma espiritual e impregnada de santidade, que nos é oferecida pela força do Espírito Santo. Não substitui os sacramentos, mas, de certo modo, permite-nos já agora perceber a glória final, revelando-nos a beleza do reino celestial. O iconógrafo, por isso, deve preparar-se, para a pintura, com orações e jejuns, com ascese e santidade, pois o ícone é feito para a contemplação sensível da divindade invisível e santa. Através da percepção da santidade, que transparece na forma sensível, nós ficamos santificados pela força do Espírito Santo. Enquanto a iconografia oriental sempre indica a unidade entre o divino e o humano, a arte ocidental prefere acentuar a diferença.
Ícones são, para os cristãos orientais, mais que simples exercícios estéticos ou meros instrumentos pedagógicos para a educação do povo simples. Para a compreensão ortodoxa, os ícones são, ao lado da proclamação da Palavra e da celebração da Eucaristia, algo como sacramentais, ou seja, uma forma singular da comunicação do crente com Deus.
Para concluir, (...) Vale citar a palavra de S. João Damasceno: "A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para os meus olhos, tanto quanto o espetáculo do campo estimula meu coração a dar glória a Deus".
FONTE:
Mons. Urbano Zilles - Revista Teocomunicação - Vol. 27 / Dez/1997 - Porto Alegre - Brasil
http://www.ecclesia.com.br/biblioteca/iconografia/a_iconoclastia.html
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Testemunhas de Jeová
Os evangélicos não aceitam os ” Testemunhas de
Jeová ” como um legítimo grupo protestante .
Esse grupo constitui , na verdade , uma heresia
gravíssima que não permite que o enquadremos na categoria de religião cristã (
católico , protestante , ortodoxo ) mas sim , no grupo das heresias como
as diversas heresias e gnoses que vigoraram , paralelamente , à
história da Igreja.
Do
tipo : arianismo , valentianismo , basilianimo , para os quais , o Cristo não
era Deus encarnado , mas sim um ser gerado , um espírito !
Os
Testemunhas também acreditam em revelações contínuas e chegam a formular várias
concepções sobre o Fim dos Tempos e a data para tal ocorrer , sem nenhuma
fundamentação bíblica ou justificativa teológica .
Como
notório a doutrina cristã informa que não haverá nenhuma nova revelação
fundamental até a Segunda Vinda do Cristo.Nenhuma outra autoridade além da
Palavra de Deus, pode ser admitida pois a Sua revelação já se realizou
PLENAMENTE. Isso significa que a inspiração já foi dada definitivamente e nada
há a ser adicionado! Profetas com novas revelações, estavam, na verdade, caindo
em anátema como descrito em Gál 1:8.Em Judas 1:3 lemos que a fé foi dada aos
santos.
Esse
tipo de procedimento é inaceitável porque é uma tentativa de penetrar nos
desígnios divinos , o que , de resto, é impossível , sendo por isso mesmo
demoníaco.
O
Fim do Mundo para eles viria em 1914 e 1925 , 1975.Disseram que os santos
viriam à terra em 1878, 1881, 1914, 1918 e 1920.
Os Testemunhas de Jeová negam a dinvidade de Cristo
( arianismo , ebionitas ) Afirmam Jesus Cristo é um ser criado – um outro deus
( gnose )Negam a personalidade e divindade do Espírito Santo (Sabeliano ,
monarquianismo, modalismo ) —- Nem Cristo, nem o Espírito Santo são Deus.Negam
, portanto , a SS Trindade…
Negam a ressureição corporal de Jesus Cristo Negam
a volta física e visível de Jesus Cristo A volta é entendida como presença
invisível
Negam
a presença do fiel após a morte em Cristo
Condenam
a esperança na ida para o céu.Os Testemunhas de Jeová negam a existência do
inferno — castigo futuro e eterno ( lembrando o espiritismo)– inferno descrito
em Mateus 13:49-50, Mateus 25:41, Marcos 9:42-48 )
Negam
a salvação do Cristo ; sem justificativa bíblica ensinam que o Reino Milenar de
Cristo oferecerá à humanidade, desde Adão , uma oportunidade, de receber a
salvação eterna.
Nossa
salvação – como evidente , já foi conquistada Romanos 3:21-26, Efésios 2:8-9 e
Atos 16:30-31 , Romanos 3:27-28.Os Testemunhas de Jeová afirmam que os crentes
não devem ser bons cidadãos contrariando a mensagem evangélica. Romanos 13:1-7,
1 Pedro 2:13-15 e Mateus 22:21.Acreditam que apenas 144.000 almas serão salvas.
Não
permitem a doação de sangue !
Em
1874, Charles Taze Russel, anunciou novas revelações ao mundo Em suas obras ,
todas heréticas e absurdas Russel , construiu a sua doutrina que até hoje é
seguida .Primeiro disse que a sua igreja estava em nova aliança com Jeová ,
1880 ; negou em 1881 , depois afirmou novamente estar em novo pacto em 1907.
Russell acreditava
que eram guiados pelo espírito. Rutherford disse que como Cristo veio ao Templo
em 1918 Ele governava e não o Espírito santo , afirmou que recebia mensagens ou
luzes dos tronos de Jeová e de Cristo.
Heresia
antiga próximas aos Testemunhas de Jeová.
Os Ebionitas , cristãos judaizantes que persistiram
na Palestina até o séculoIV século.Algumas crenças desse grupo : Deus é o
criador do mundo e autor da lei de Moisés. Jesus foi o Messias, mas não divino
Rejeitou os ensinamentos de Paulo e acatou Tiago e Pedro.
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Os Judaizantes (Séc. I)
A heresia Judaizante pode ser resumida pelas seguintes palavras dos Atos dos Apóstolos 15,1: Alguns homens, descendo da Judéia, puseram-se a ensinar aos irmãos o seguinte: 'Se não vos circuncidais segundo o rito de Moisés, não podeis ser salvos'.
Muitos dos primeiros Cristãos eram Judeus, e esses trouxeram para a Fé cristã muitas de suas práticas e observâncias judaicas. Eles reconheciam em Jesus Cristo o Messias anunciado pelos profetas e o cumprimento do Antigo Testamento, mas uma vez que a circuncisão era obrigatória no Antigo Testamento para a participação na Aliança com Deus, muitos pensavam que ela era também necessária para a participação na Nova Aliança que Cristo veio inaugurar. Portanto eles acreditavam que era necessário ser circuncidado e guardar os preceitos mosaicos para se tornar um verdadeiro cristão. Em outras palavras, uma pessoa deveria se tornar judeu para poder se tornar cristão.
Uma forma light desta heresia é a dos Adventistas de Sétimo Dia e outras seitas sabatistas.
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Pastores e Lobos
Pastores e lobos têm algo em comum: ambos se interessam e gostam de ovelhas, e vivem perto delas. Assim, muitas vezes, pastores e lobos nos deixam confusos para saber quem é quem. No entanto, não é difícil distinguir entre um e outro:
-Pastores buscam o bem das ovelhas, lobos buscam os bens das ovelhas.
-Pastores vivem à sombra da cruz, lobos vivem à sombra de holofotes.
-Pastores têm amigos, lobos têm admiradores.
-Pastores vivem para cuidar de suas ovelhas, lobos se abastecem das ovelhas.
-Pastores apontam para Cristo, lobos apontam para si mesmos e suas igrejas.
-Pastores são pessoas humanas reais, lobos são personagens religiosos caricatos.
-Pastores ajudam as ovelhas a se tornarem adultas, lobos perpetuam a infantilização das ovelhas.
-Pastores são simples e comuns, lobos são vaidosos e especiais.
-Pastores se deixam conhecer, lobos se distanciam e ninguém chega perto.
-Pastores alimentam as ovelhas, lobos se alimentam das ovelhas.
-Pastores lidam com a complexidade da vida com palavra de Deus sem respostas prontas, lobos lidam com técnicas pragmáticas e jargões religiosos.
-Pastores vivem uma fé encarnada, lobos vivem uma fé espiritualizada.
-Pastores se comprometem com o projeto do Reino, lobos têm projetos pessoais.
-Pastores são transparentes, lobos têm agendas ultra-secretas.
-Pastores dirigem igrejas-comunidades, lobos dirigem igrejas-empresas.
-Pastores pastoreiam as ovelhas, lobos seduzem as ovelhas.
-Pastores buscam a discrição, lobos se autopromovem.
-Pastores se interessam pelo crescimento espiritual das ovelhas, lobos se interessam pelo crescimento material das ofertas.
-Pastores ajudam as ovelhas a seguir livremente a Cristo, lobos geram ovelhas dependentes e seguidoras deles.
-Pastores constroem vínculos de amizade, lobos aprisionam em vínculos de dependência psicológica.
Pastor Osmar Ludovico Silava
http://igrejaservia.org/reflexoes/reflexoes.html
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40 verdades que separam o catolicismo do espiritismo.
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Além da grave “evocação dos mortos” e na crença na “reencarnação” o Espiritismo...
1 – Nega o mistério, e ensina que tudo pode ser compreendido e explicado.
2 – Nega a inspiração divina da Bíblia.
3 – Nega o milagre.
4 – Nega a autoridade do Magistério da Igreja.
5 – Nega a infalibilidade do Papa.
6 – Nega a instituição divina da Igreja.
7 – Nega a suficiência da Revelação.
8 – Nega o mistério da Santíssima Trindade.
9 – Nega a existência de um Deus Pessoal e distinto do mundo.
10 – Nega a liberdade de Deus.
11 – Nega a criação a partir do nada.
12 – Nega a criação da alma humana por Deus.
13 – Nega a criação do corpo humano.
14 – Nega a união substancial entre o corpo e a alma.
15 – Nega a espiritualidade da alma.
16 – Nega a unidade do gênero humano.
17 – Nega a existência dos anjos.
18 – Nega a existência dos demônios.
19 – Nega a divindade de Jesus.
20 – Nega os milagres de Cristo.
21 – Nega a humanidade de Cristo.
22 – Nega os dogmas de Nossa Senhora (Imaculada Conceição, Virgindade perpétua, Assunção, Maternidade divina).
23 – Nega nossa Redenção por Cristo (é o mais grave!).
24 – Nega o pecado original.
25 – Nega a graça divina.
26 – Nega a possibilidade do perdão dos pecados.
27 – Nega o valor da vida contemplativa e ascética.
28 – Nega toda a doutrina cristã do sobrenatural.
29 – Nega o valor dos Sacramentos.
30 – Nega a eficácia redentora do Batismo.
31 – Nega a presença real de Cristo na Eucaristia.
32 – Nega o valor da Confissão.
33 – Nega a indissolubilidade do Matrimônio.
34 – Nega a unicidade da vida terrestre.
35 – Nega o juízo particular depois da morte.
36 – Nega a existência do Purgatório.
37 – Nega a existência do Céu.
38 – Nega a existência do Inferno.
39 – Nega a ressurreição da carne.
40 – Nega o juízo final.
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PARA A DESTRUIÇÃO DA IGREJA
O PLANO MAÇÔNICO
PARA A DESTRUIÇÃO DA IGREJA
CATÓLICA
Da sessão «Storia»
da revista: «Teológica» n. 14 - Marzo/Aprile 1998 - páginas 22-25 , Edizioni Segno - Udine - Italia
da revista: «Teológica» n. 14 - Marzo/Aprile 1998 - páginas 22-25 , Edizioni Segno - Udine - Italia
NORMAS DO GRANDE MESTRE DA MAÇONARIA EFETIVAS DESDE 1962
TODOS OS CONFRADES MAÇONS TERÃO QUE REFERIR SOBRE OS PROGRESSOS DESTAS DECISIVAS DISPOSIÇÕES. REELABORADAS EM OUTUBRO DE 1993 , COMO PLANO PROGRESSIVO PARA O PASSO FINAL. TODOS OS MAÇONS OCUPADOS NA IGREJA TÊM QUE ACOLHÊ-LA E REALIZÁ-LAS
A Igreja Católica historicamente já se opôs radicalmente à maçonaria, devido aos princípios anticristãos, libertários e humanistas maçônicos
O primeiro documento católico que condenava a maçonaria data de 28 de abril de 1738. Trata-se da bula do Papa Clemente XII, denominada In Eminenti Apostolatus Specula . Após essa primeira condenação, surgiram mais de 20 outras, sendo que o papa Leão XIII foi um dos mais ferrenhos opositores dessa sociedade secreta e sua última condenação data de 1902, na encíclica Annum Ingressi, endereçada a todos os bispos do mundo em que alarmava da necessidade urgente de combater a maçonaria, opondo radicalmente esta sociedade secreta ao catolicismo
O último documento oficial de referência é a Declaração sobre a maçonaria, assinado pelo então prefeito Congregação para a Doutrina da Fé, cardeal Joseph Ratzinger, depois Papa Bento XVI, em 26 de Novembro de 1983. O texto afirma que permanece imutável o parecer negativo da Igreja a respeito das associações maçónicas, pois os seus princípios foram sempre considerados inconciliáveis com a doutrina da Igreja e por isso permanece proibida a inscrição nelas. Os fiéis que pertencem às associações maçónicas estão em estado de pecado grave e não podem aproximar-se da Sagrada Comunhão
“A maçonaria é uma seita judaica anticristã. Se havemos de seguir a um judeu seja, então Jesus, o Filho do Deus, e não os judeus que mataram a Cristo, os quais com a Maçonaria, filial da Kabala e do Kaale, querem dominar os cristãos menos avisados, fazendo-os praticar um papel miserável: de serem cristãos e agirem contra Cristo. É o cúmulo” - Fonte: “Horas de Combate”, do Mons. Ricardo Domingos Liberali, OFM, pg. 161ss
Achei O texto abaixo , postado em alguns sites na Internet , publicado na Itália , no ano de 1998 , na revista Teológica . A princípio , me pareceu um pouco estranho , contudo , ao ler pela 2ª vez , percebi quantas realidades deste texto já se fazem presentes dentro da Igreja hoje em dia , infelizmente . O inimigo se infilltrou de forma muito forte , por que não foram combatidos . Os grifos são meus . Acho que vale a pena a leitura e uma profunda meditação . A seita maçônica , inimiga de Deus e de Sua Igreja , não dorme nunca
SEGUE O TEXTO :
1) Removam de uma vez por todas a São Miguel, protetor da Igreja Católica, de todas as orações ao interior e ao exterior da Santa Missa. Remover suas estátuas, afirmando que elas apartam da Adoração de Cristo
2) Removam os Exercícios Penitenciais da Quaresma como a abstinência de carne as sextas-feiras e também o jejum; impeçam cada ato de abnegação. Em seu lugar devem ser favorecidos os atos de alegria, de felicidade e de amor ao próximo. Digam: "Cristo já mereceu por nós o Paraíso" e "cada esforço humano é inútil". Digam a todos que devem tomar em sério a preocupação por sua saúde. Estimulem o consumo de carne, especialmente de porco
3) Encarreguem aos pastores protestantes de reexaminar a Santa Missa e de desacralizá-la. Semeiem dúvidas sobre a Real Presença de Cristo na Eucaristia e confirmem que a Eucaristia - com maior aproximação à fé dos protestantes - é somente como pão e vinho e compreendida como um puro símbolo. Disseminem protestantes nos Seminários e nas escolas. Falem de ecumenismo como caminho para a unidade. Acusem a cada um que crê na Presença Real de Jesus o Cristo na Eucaristia como subversivo e desobediente para com a Igreja
4) Proíbam a Liturgia latina da Missa, Adoração e Cantos, uma vez que eles comunicam um sentimento de mistério e de respeito. Apresentem-no como feitiços de adivinhos. Os homens pararão de crer nos Sacerdotes como homens de inteligência superior, de respeitar como portadores dos Mistérios Divinos
5) Pretendam às mulheres como sacerdotisas. Apresentem a coisa como se fosse uma idéia democrática. Fundem um movimento de libertação da mulher. Quem entra na igreja tem que vestir vestidos descuidados para sentir-se nela como em casa. Isso debilitará a importância da Santa Missa
6) Afastem os fiéis de receber de joelhos a Comunhão. Digam às monjas que devem impedir aos pequenos antes e depois da Comunhão de ter as mãos juntas. Digam a eles que Deus os quer assim como são e deseja que se sintam completamente cômodos. Eliminem na igreja de estar de joelhos e cada genuflexão. Tirem os genuflexórios. Digam às pessoas que durante a Missa devem certificar sua fé em posição erguida
7) Eliminem a música sagrada do órgão. Introduzam guitarras, harpas , baterias , ruídos e sagradas risadas nas igrejas. Isso afastará a gente da oração pessoal e das conversações com Jesus. Impeçam a Jesus o tempo de chamar crianças à vida religiosa. Introduzam ao redor do altar danças litúrgicas com vestidos excitantes, teatros e concertos
8) Tirem o caráter sagrado aos cantos da Mãe de Deus e de São José. Indiquem sua veneração como idolatria. Convertam em ridículos os que persistem. Introduzam cantos protestantes. Isso dará a impressão que a Igreja Católica por fim admite que o Protestantismo é a verdadeira religião ou ao menos que ele é igual a Igreja Católica
9) Eliminem também todos os hinos a Jesus uma vez que eles fazem pensar à gente na felicidade e serenidade que deriva da vida de mortificação e penitência por Deus desde a infância. Introduzam cantos novos somente para convencer a gente que os rituais anteriores de algum modo eram falsos. Assegurem-se que em cada Missa ao menos um canto pelo qual Jesus não seja mencionado e que em vez fale somente de amor para os homens. A juventude será entusiasmada ao sentir falar de amor para o próximo. Anunciem o amor, a tolerância e a unidade. Não mencionem a Jesus, proíbam cada anúncio da Eucaristia
10) Removam todas as relíquias dos Santos dos Altares e sucessivamente também os Altares mesmos. Substituem com mesas pagãs privadas de Consagração que possam ser usadas para oferecer sacrifícios humanos no curso das missas satânicas. Eliminem a lei Eclesiástica que quer a celebração da Santa Missa somente sobre Altares que contenham Relíquias
11) Interrompam a prática de celebrar a Santa Missa na presença do Santíssimo Sacramento no Tabernáculo. Não admitam algum Tabernáculo sobre os Altares que são usados para a celebração da Santa Missa. A mesa deve ter o aspecto de uma mesa de cozinha. Deve ser transportável para expressar que ela não é absolutamente sagrada porém tem que servir para um dobro objetivo, por exemplo, de mesa para conferências ou para jogar cartas . O Sacerdote não tem que estar nunca de joelhos durante a Missa nem fazer genuflexões. Nas comidas, de fato, não se ajoelham nunca. A cadeira do Sacerdote tem que ser colocada no lugar do Tabernáculo. Dêem coragem à gente a venerar e também a adorar ao Sacerdote no lugar da Eucaristia, a obedecer-lhe no lugar da Eucaristia. Digam à gente que o Sacerdote é Cristo, seu chefe. Coloquem o Tabernáculo num local diferente, fora da vista
12) Façam desaparecer os Santos do calendário Eclesiástico, sempre alguns em tempos determinados. Proíbam aos Sacerdotes de falar dos Santos, exceto aqueles mencionados pelo Evangelho. Digam ao povo que eventuais protestantes, talvez presentes na igreja, poderiam escandalizar-se deles. Evitem tudo aquilo que molesta aos protestantes
13) Na leitura do Evangelho omitam a palavra "santo", por exemplo, em lugar de "Evangelho segundo São João", digam simplesmente: "Evangelho de João". Isso fará pensar à gente de não ter o dever de venerá-los mais. Escrevam continuamente novas bíblias até que elas sejam idênticas àquelas dos protestantes. Omitam o adjetivo "Santo" na expressão "Espírito Santo". Isso abrirá o caminho. Evidenciar a natureza feminina de Deus como a de uma mãe cheia de ternura. Eliminem o emprego do termo "Pai”
14) Façam desaparecer todos os livros pessoais de piedade e destruam-no. Por conseguinte desaparecerão também as Ladainhas do Sagrado Coração de Jesus, da Mãe de Deus, de São José como a preparação à Santa Comunhão. Supérfluo inclusive se tornará a ação de graças depois da Comunhão
15) Façam também desaparecer todas as estátuas e as imágens dos Anjos. Por que tem que estar entre nossos pés as estátuas de nossos inimigos? Defínam-los mitos ou contos de boa noites. Não permitam o discurso sobre os Anjos uma vez que chocaria a nossos amigos protestantes
16) Revoguem o exorcismo menor para expulsar aos demônios; empenhem-se nisto, anunciem que os diabos não existem . Expliquem que é o método adotado pela Bíblia para designar o mal e que sem um malvado não podem existir histórias interessantes. Em conseqüência a gente não crerá na existência do inferno nem temerá de poder se cair nele . Repitam que o inferno não é outra coisa que estar longe de Deus e que não é uma coisa terrível este se trata no fundo da mesma vida como aqui na terra
17) Ensinem que Jesus era somente um homem que teve irmãos e irmãs e que odiou aos que tinham o poder. Expliquem que ele amava a companhia das prostitutas, especialmente de Maria a Magdalena; que não soube o que fazer com as igrejas e sinagogas. Digam que aconselhou de não obedecer aos chefes do Clero, digam que ele foi um grande mestre que se desviou do caminho quando negou obediência aos chefes da igreja .Desacreditem o discurso sobre a Cruz como uma vitória, ao contrário Apresentem-na como um fracasso
18) Lembrem-se que podem induzir às monjas à traição de sua vocação se se dirigem a sua vaidade, atrativo e beleza. Façam trocar o hábito Eclesiástico e isso as levará naturalmente a jogar no lixo seus Rosários. Revelem ao mundo que tem dissensão em seus conventos. Isso dissecará suas vocações. Digam-lhes que não serão aceitas se não renunciam ao hábito. Também Favoreçam o descrédito do hábito Eclesiástico entre a gente
19) Queimem todos os Catecismos. Digam aos catequistas de ensinar a amar as criaturas de Deus em vez do mesmo Deus . Amar abertamente é testemunho de maturidade. Façam que o termo "sexo" se converte em palavra de uso cotidiano em suas classes de religião. Façam do sexo uma nova religião. Introduzam imagens de sexo nas lições religiosas para ensinar às crianças a realidade. Certifiquem-se que as imagens sejam claras. Dêem coragem às escolas de tornarem-se pensadores progressistas no campo da educação sexual. Introduzam assim a educação sexual através da autoridade Episcopal, dessa maneira os padres não terão a possibilidade de dizer nada em contrário
20) Destruam as escolas católicas, impedindo as vocações de monjas. Digam às monjas que são trabalhadoras sociais com um salário e que a Igreja está a ponto de eliminá-las. Insistam que o Professor leigo católico receba o idêntico salário daquele das escolas governamentais. Empreguem professores não católicos. Os Sacerdotes devem receber o idêntico salário como os correspondentes empregados seculares. Todos os Sacerdotes devem tirar assim sua Batina Clerical e suas Cruzes para poder serem aceitos por todos. Ponham em ridículo àqueles que não se conformam
21) Destruam ao Papa, destruindo suas Universidades. Tirem as Universidades ao Papa, dizendo que em tal modo o governo poderia subsidiá-las. Substituam os nomes dos Institutos Religiosos com nomes profanos, para favorecer o ecumenismo. Por exemplo, em lugar de "Escola Imaculada Conceição" digam "Escola Superior Nova". Criem departamentos de ecumenismo em todas as Dioceses e preocupem-se que seu controle seja de parte protestante . Proíbam as Orações para o Papa e a Maria porque elas desanimam o ecumenismo. Anunciem que os Bispos locais são as autoridades competentes. Sustentem que o Papa é somente uma figura representativa. Expliquem à gente que o ensino Papal serve somente à conversação, que ela de outro modo não tem nenhuma importância
22) Combatam a autoridade Papal, colocando um limite de idade a seu exercício. Reduzam-na pouco a pouco, expliquem que é para preservá-lo do excesso de trabalho
23) Sejam audazes. Debilitem ao Papa introduzindo sínodos Episcopais. O Papa se tornará então somente como uma figura de representação como na Inglaterra onde a Câmara Alta e aquela Baixa reinam e deles a rainha recebe as ordens. Sucessivamente debilitem a autoridade do Bispo, dando vida a uma instituição concorrente a nível de Presbitérios. Digam que os Sacerdotes recebem em tal modo a atenção que merecem. Ao final debilitem a autoridade do Sacerdote com a constituição de grupos de leigos que dominem aos Sacerdotes . Deste modo se originará um tal ódio que abandonarão a Igreja e até os Cardeais e a Igreja será democrática... a Igreja Nova...
24) Reduzam as vocações ao Sacerdócio, fazendo perder aos leigos o temor reverencial por eles. O escândalo público de um Sacerdote destruirá milhares de vocações . Louvem aos Sacerdotes que por amor de uma mulher souberam deixar tudo, definem-no heróicos. Honrem aos Sacerdotes reduzidos ao estado laical como autênticos mártires, oprimidos a tal ponto de não poder suportar mais. Também condenem como um escândalo que nossos confrades como maçons no Sacerdócio tenham que ser notados e seus nomes publicados. Sejam tolerantes com a homossexualidade do Clero. Digam à gente que os Curas padecem de solidão
25) Comecem a fechar as igrejas à causa da escassez de Clero . Definem como boa e econômica tal prática. Expliquem que Deus escuta em todos os lados as orações. Neste caso as igrejas se convertem em extravagantes desperdício de dinheiro. Fechem antes de tudo as igrejas em que se praticam piedade tradicional
26) Utilizem comissões de leigos e Sacerdotes débeis na fé que condenem e assegurem sem dificuldade cada aparição de Maria e cada aparente milagre, especialmente do Arcanjo São Miguel . Denominem desobediência , o respeito à autoridade, se alguém obedece às Revelações ou se alguém reflete sobre elas. Indiquem aos Vigentes como desobedientes respeito à autoridade Eclesiástica. Façam cair seu bom nome em desestima, então ninguém crerá nestas revelações
27) Escolham a um Ante Papa. Afirmem que ele reconduzirá aos protestantes na Igreja e talvez até os Judeus. Um Ante Papa poderá ser eleito se fosse dado o direito de voto aos Bispos. Então muitos Ante Papas serão eleitos assim que será instalado um Ante Papa como compromisso. Afirmem que o verdadeiro Papa è morto
28) Tirem a Confissão antes da Santa Comunhão para os alunos do segundo e terceiro ano para que a eles não importem nada dela quando freqüentem quarto e quinto e depois as classes superiores. Então A Confissão desaparecerá. Introduzam, (em silêncio), a confissão comunitária com a absolvição em grupo. Expliquem à gente que a coisa sucede por causa da escassez de Clero
29) Digam que este é o tempo dos leigos. Comecem dar a Comunhão na mão como os protestantes, em vez de dar na boca sobre a língua Expliquem que Cristo fez do mesmo modo. Recolham algumas hóstias para "missas negras" em nossos templos . Depois distribuam no lugar da Comunhão pessoal uma taça de hóstias não consagradas que se podem levar consigo à casa. Expliquem que deste modo se podem receber os dons divinos na vida de cada dia. Coloquem distribuidores automáticos de hóstias para a comunhão e denominem-no Tabernáculos. Digam à gente que se deve dar o sinal da paz. Dêem coragem à gente a deslocar-se na igreja para interromper a devoção e a oração. Não façam Sinais de Cruz; no seu lugar façam o sinal da paz. Expliquem que também Cristo se deslocou para saudar aos Discípulos. Não permitam alguma concentração em tais momentos
30) Depois que o ante papa for eleito, tirem os sínodos dos Bispos como as associações dos Sacerdotes e os conselhos paroquiais. Proíbam a todos os religiosos de pôr em discussão, sem licença, estas novas disposições. Expliquem que Deus quer a humildade e odeia aos que aspiram a glória. Acusem de desobediência respeito à autoridade Eclesiástica todos os que põe interrogações. Desanimem a obediência a Deus. Digam à gente que tem que obedecer a estes superiores Eclesiásticos
31) Concedam ao Ante Papa o máximo poder de eleger aos mesmos sucessores. Ameacem sob pena de excomunhão a todos os que amam a Deus de levar o sinal da besta . Não o chamem porém "sinal da besta". O Sinal da Cruz não tem que ser feito nem usado sobre as pessoas ou através delas, (não se deve benzer mais). Fazer o Sinal da Cruz será designado como idolatria e desobediência
32) Declarem falsos os Dogmas anteriores, exceto aquele da infalibilidade Pontifícia. Proclamem a Jesus o Cristo um revolucionário frustrado . Anunciem que o verdadeiro Cristo presto virá. Somente o Ante Papa eleito tem que ser obedecido. Digam às gentes que devem inclinar-se quando seja pronunciado seu nome
33) Ordenem a todos os seguidores do Anti Papa de combater em santas cruzadas para estender a única religião mundial.