O ESPÍRITO SANTO GERA A IGREJA


ATOS DOS APÓSTOLOS, 2

1. Quando chegou o dia de Pentecostes, todos eles estavam reunidos no mesmo lugar.
2. De repente, veio do céu um barulho como o sopro de um forte vendaval, e encheu a casa onde eles se encontravam.
3. Apareceram então umas como línguas de fogo, que se espalharam e foram pousar sobre cada um deles.
4. Todos ficaram repletos do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem.
5. Acontece que em Jerusalém moravam judeus devotos de todas as nações do mundo.
6. Quando ouviram o barulho, todos se reuniram e ficaram confusos, pois cada um ouvia, na sua própria língua, os discípulos falarem.
7. Espantados e surpresos, diziam: "Esses homens que estão falando, não são todos galileus?
8. Como é que cada um de nós os ouve em sua própria língua materna?
9. Entre nós há partos, medos e elamitas; gente da Mesopotâmia, da Judéia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia,
10. da Frígia e da Panfília, do Egito e da região da Líbia vizinha de Cirene; alguns de nós vieram de Roma,
11. outros são judeus ou pagãos convertidos; também há cretenses e árabes. E cada um de nós em sua própria língua os ouve anunciar as maravilhas de Deus!"
12. Todos estavam admirados e perplexos, e cada um perguntava a outro: "O que quer dizer isso?"
13. Outros caçoavam e diziam: "Eles estão embriagados com vinho doce."

O ANÚNCIO FUNDAMENTAL
14. Então Pedro, que aí estava com os outros onze apóstolos, levantou-se e falou em voz alta: "Homens da Judéia e todos vocês que se encontram em Jerusalém! Compreendam o que está acontecendo e prestem atenção nas minhas palavras:
15. estes homens não estão embriagados como vocês pensam, pois são apenas nove horas da manhã.
16. Pelo contrário, está acontecendo aquilo que o profeta Joel anunciou:
17. 'Nos últimos dias, diz o Senhor, eu derramarei o meu Espírito sobre todas as pessoas. Os filhos e filhas de vocês vão profetizar, os jovens terão visões e os anciãos terão sonhos.
18. E, naqueles dias, derramarei o meu Espírito também sobre meus servos e servas, e eles profetizarão.
19. Farei prodígios no alto do céu, e sinais embaixo na terra: sangue, fogo e nuvens de fumaça.
20. O sol se transformará em trevas, e a lua em sangue, antes que chegue o dia do Senhor, dia grande e glorioso.
21. E todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo.'
22. Homens de Israel, escutem estas palavras: Jesus de Nazaré foi um homem que Deus confirmou entre vocês, realizando por meio dele os milagres, prodígios e sinais que vocês bem conhecem.
23. E Deus, com sua vontade e presciência, permitiu que Jesus lhes fosse entregue, e vocês, através de ímpios, o mataram, pregando-o numa cruz.
24. Deus, porém, ressuscitou Jesus, libertando-o das cadeias da morte, porque não era possível que ela o dominasse.
25. De fato, Davi assim falou a respeito de Jesus: 'Eu via sempre o Senhor diante de mim, porque ele está à minha direita, para que eu não vacile.
26. Por isso, meu coração se alegra, minha língua exulta e minha carne repousa com esperança.
27. Porque não me abandonarás na região dos mortos, nem permitirás que o teu santo conheça a corrupção.
28. Tu me ensinaste os caminhos da vida, e me encherás de alegria na tua presença.'
29. Irmãos, quanto ao patriarca Davi, permitam que eu lhes diga com franqueza: ele morreu, foi sepultado e seu túmulo está entre nós até hoje.
30. Mas, ele era profeta, e sabia que Deus lhe havia jurado solenemente fazer com que um descendente seu lhe sucedesse no trono.
31. Por isso, previu a ressurreição de Cristo e falou: 'ele não foi abandonado na região dos mortos, e a sua carne não conheceu a corrupção.'
32. Deus ressuscitou a este Jesus. E nós todos somos testemunhas disso.
33. Ele foi exaltado à direita de Deus, recebeu do Pai o Espírito prometido e o derramou: é o que vocês estão vendo e ouvindo.
34. De fato, Davi não subiu ao céu, mas falou: 'O Senhor disse ao meu Senhor: sente-se à minha direita,
35. até que eu faça de seus inimigos um lugar para apoiar seus pés.'
36. Que todo o povo de Israel fique sabendo com certeza que Deus tornou Senhor e Cristo aquele Jesus que vocês crucificaram."

O ANÚNCIO SUSCITA CONVERSÃO
37. Quando ouviram isso, todos ficaram de coração aflito e perguntaram a Pedro e aos outros discípulos: "Irmãos, o que devemos fazer?"
38. Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para o perdão dos pecados; depois vocês receberão do Pai o dom do Espírito Santo.
39. Pois a promessa é em favor de vocês e de seus filhos, e para todos aqueles que estão longe, todos aqueles que o Senhor nosso Deus chamar."
40. Com muitas outras palavras, Pedro lhes dava testemunho e exortava, dizendo: "Salvem-se dessa gente corrompida."
41. Os que acolheram a palavra de Pedro receberam o batismo. E nesse dia uniram-se a eles cerca de três mil pessoas.


PENTECOSTES (Catecismo da Igreja Católica)
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OBRAS DA CARNE (Gl 5)
19. Além disso, as obras dos instintos egoístas são bem conhecidas: fornicação, impureza, libertinagem,
20. idolatria, feitiçaria, ódio, discórdia, ciúme, ira, rivalidade, divisão, sectarismo,
21. inveja, bebedeira, orgias e outras coisas semelhantes. Repito o que já disse: os que fazem tais coisas não herdarão o Reino de Deus.

Frutos do Espírito
22. Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, bondade, benevolência, fé,
23. mansidão e domínio de si. Contra essas coisas não existe lei.
24. Os que pertencem a Cristo crucificaram os instintos egoístas junto com suas paixões e desejos.


A TRINDADE GERA A COMUNIDADE (1 Corintios 12)
4. Existem dons diferentes, mas o Espírito é o mesmo;
5. diferentes serviços, mas o Senhor é o mesmo;
6. diferentes modos de agir, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos.
7. Cada um recebe o dom de manifestar o Espírito para a utilidade de todos.
8. A um, o Espírito dá a palavra de sabedoria; a outro, a palavra de ciência segundo o mesmo Espírito;
9. a outro, o mesmo Espírito dá a fé; a outro ainda, o único e mesmo Espírito concede o dom das curas;
10. a outro, o poder de fazer milagres; a outro, a profecia; a outro, o discernimento dos espíritos; a outro, o dom de falar em línguas; a outro ainda, o dom de as interpretar.
11. Mas é o único e mesmo Espírito quem realiza tudo isso, distribuindo os seus dons a cada um, conforme ele quer.
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Os dons do Espírito Santo
Vamos passar à explicação dos sete Dons: Sabedoria, Entendimento, Conselho, Fortaleza, Ciência, Piedade, Temor de Deus. É preciso compreender cada conceito e o seu significado.
- A Sabedoria é o dom que faz o cristão perceber, intuir e gostar das coisas espirituais. Sente deleite nas coisas de Deus e por isso começa a temer a Deus, a respeitá-Lo mais. Diz o salmo que o temor de Deus é o princípio da sabedoria.
- O Entendimento é o dom do conhecimento, pois a pessoa consegue entender e conhecer aquilo que vai no coração e na mente das pessoas. O Padre Pio era um sacerdote que tinha o dom do entendimento. Ele servia-se do seu dom para ajudar muitas almas. Quando alguns penitentes iam ter com o Padre Pio e, por esquecimento ou timidez, escondiam este ou aquele pecado, o Padre Pio lembrava-lhes: "Falta-te este pecado que cometeste duas ou três vezes". Este dom é utilizado unicamente para o bem do penitente.
- O dom do Conselho: quem o possui consegue dirigir, orientar e aconselhar as almas para a sua própria salvação e felicidade. O dom do conselho que é dado pelo Espírito Santo não é inconveniente, interesseiro, não aconselha segundo a conveniência pessoal mas aconselha somente para o bem da pessoa. Este dom constitui uma preciosidade, pois alerta-nos para os erros que cometemos ou soluções que necessitamos.
- O dom da Fortaleza é também uma virtude. A virtude é um bem e um dom dado pelo Espírito Santo que diz "não" ao pecado, a uma boa proposta, à pressão social, a certas modas que prejudicam a vida espiritual do homem ou da mulher. O dom da fortaleza faz com que o cristão saiba resistir a certas influências sociais e não se deixe conduzir pela pressão do grupo social ou de amigos onde está inserido. Com este dom a pessoa mantém a sua personalidade, sendo aquilo que realmente é, conservando os valores cristãos.
- O dom da Ciência permite ao homem perceber e sentir, através da natureza e dos acontecimentos do dia-a-dia a presença e a linguagem de Deus.
Quem possui o dom da ciência consegue louvar a Deus, olhando para as belezas da natureza, para a beleza de um jardim, das montanhas, da água do mar, do céu azul, das estrelas. Através da natureza, a alma lê e louva o seu Deus, agradecendo-Lhe enquanto observa uma linda flor. Em vez de ficar fixo apenas na beleza da flor, louva o autor da criação, louva o Criador.
- O dom da Piedade inclina o cristão à oração, ao louvor, à adoração, à contemplação; leva o cristão a sentir gosto pela oração, sentir desejo e gosto de estar com Deus, gosto em rezar e em falar com Deus através da oração.
O dom da piedade faz com que a pessoa não se canse de rezar e se sinta bem a rezar. Através deste dom, Deus vai revelando aspectos espirituais que muitos não percebem.
A alma piedosa tem mais luzes e percebe melhor as coisas a nível espiritual. Aquele que não reza não percebe, não entende e não vê porque não lhe é permitido ver.
Há pessoas que dizem: "Mas padre, eu rezo tanto!" e eu pergunto: "Como reza?". Não basta rezar, é preciso rezar bem, meditando nas palavras e nos mistérios que contemplamos da vida de Jesus. Experimentem rezar bem, concentrados, compenetrados e verão as maravilhas que Deus irá realizar nas vossas almas.
É lindo rezar bem. A pessoa sente na alma uma grande paz, suavidade, gozo e alegria.
- O dom do Temor de Deus leva-nos a fugir do pecado com receio de ofender e de perder Quem amamos - o nosso Deus. Este dom está, em certa medida, associado ao dom da fé porque nos faz sentir e perceber que estamos na presença de Deus e, se estou na Sua presença, não quero pecar.
O temor de Deus é um grande dom pois faz com que o homem faça tudo para não perder a graça de Deus, o Seu amor e a Sua presença. Por isso, o temor de Deus é o princípio da sabedoria.
Desta forma falamos sobre o significado de cada dom e de cada fruto do Espírito Santo, para melhor compreendermos a necessidade de invocarmos e suplicarmos ao Espírito Santo que aumente em nós os Seus dons e frutos, perseverando-nos neles até à morte.
Padre Manuel Sabino, Fundador dos Servos do Bom Pastor
Fonte: http://www.servosdobompastor.net/EnsEspiritoSanto.html




Os Frutos do Espírito Santo

O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Santíssima Trindade e Ele é o "Senhor que dá a vida e que procede do Pai e do Filho e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado. Foi Ele que falou pelos profetas." O Espírito Santo é o dador de todos os dons e carismas extraordinários; todos os frutos espirituais provêm d'Ele.

O Espírito Santo vem às nossas almas no dia do nosso Baptismo, derramando sobre nós as três virtudes teologais: a Fé, a Esperança e a Caridade. E vem de um modo mais solene no dia em que recebemos o Sacramento do Crisma ou Confirmação, onde recebemos a efusão do Espírito que derrama sobre nós os sete dons: A Sabedoria ou Sapiência, o Entendimento, o Conselho, a Fortaleza, a Ciência, a Piedade e o Temor de Deus.

O Espírito Santo, para além de derramar as sete grandes colunas cristãs, confere ao cristão doze frutos que são: a Caridade, o Gozo, a Paz, a Paciência, a Benignidade, a Bondade, a Longanimidade, a Mansidão, a Fé, a Modéstia, a Continência e a Castidade.

Importa definir em breves palavras, não só os dons mas, fundamentalmente os frutos do Espírito Santo.

- A Caridade é um fruto do Espírito Santo. A caridade é amor e é o maior dos dons, porque ela não desaparece, existe para além da morte. O céu vive no amor: "A fé e a esperança hão-de desaparecer, mas o amor jamais desaparecerá" (1 Cor. 13,8).

- O Gozo ou alegria é caracterizado por aquelas emoções interiores, aquela alegria interior e satisfação espiritual profunda que o Espírito Santo derrama no coração e na alma. A pessoa sente um gozo inexplicável. Não há palavras humanas que possam descrever o gozo que provém do Espírito Santo.

- A Paz de que falamos não tem nada a ver com os motivos ou sensações externas mas é uma paz e suavidade interior, tal como Jesus disse aos Seus apóstolos: "Deixo-vos a paz, dou-vos a Minha paz, não como o mundo a dá mas como Eu a dou" (Jo 14, 27). Jesus é a paz e a suavidade da alma.

- A Paciência suporta as adversidades, as doenças, as contrariedades e perseguições. A paciência é o fruto essencial para que o cristão persevere na sua fé. O cristão paciente dificilmente é demovido da sua fé porque ele suporta tudo com paciência. A alma paciente é mansa e humilde, não se revolta contra o seu Deus mas tudo suporta e aceita.

- A Benignidade é a bondade que vai para além da bondade, isto é, muitas vezes fazemos um bem mas só até certa medida. Porém, a benignidade é a execução desse bem que vai para além do que deveria ser feito.

- A bondade é fazer o bem, desinteressadamente, às pessoas. A pessoa que o faz tem um bom coração, amando verdadeiramente. A resposta de alguém que ama a sério é: "Eu amo porque amo."

- A Longanimidade é a paciência para além da paciência, é quando alguém continua a ser paciente depois de, tantas e tantas vezes, ter sido posto à prova.

- O homem Manso dificilmente se revolta. A mansidão está sempre associada à humildade e à paciência. Jesus diz, quando se refere a Si mesmo: "Vinde a Mim que Sou manso e humilde de coração que Eu vos aliviarei. Vinde a Mim que o meu jugo é suave e a minha carga é leve. Vinde a Mim todos vós que estais sobrecarregados porque Eu vos aliviarei" (Mt 11, 28-30). Este é um grande convite do Sagrado Coração de Jesus a todos nós. A mansidão é contra a ira e contra o ódio. Assim, devemos procurar ser mansos, imitando o Divino Mestre.

- A Fé, para além de ser o fruto do Espírito Santo é uma das virtudes teologais. A fé é um dom muito importante, sem ela desesperamos e desanimamos ao longo da nossa caminhada, feita de altos e baixos, com muitas dificuldades. Sem a fé, o cristão chega a certa altura, depois de muitas dificuldades desiste e começa a levantar interrogações e deixa de praticar o bem, deixa de ir à Missa e diz: "Afinal, os que não vão à Missa, têm uma vida melhor do que a minha. Então, que me adianta ir à Missa e rezar?". A fé leva o cristão a manter-se firme na sua caminhada mas esta fé tem que ser conservada e protegida. Uma das maneiras é a oração que aumenta e protege a fé. A oração mantém-nos no caminho da fé e no caminho da salvação, por isso é indispensável.

- A Modéstia relaciona-se com o ser discreto. A modéstia é contra a ostentação e a exibição. A modéstia é o pudor que deve acompanhar todo o cristão pois nele habita Deus. Como tal, devemos respeitar o nosso próprio corpo, não o expondo como um mostruário. Alertai aquelas pessoas que se vestem com mini-saias, decotes exagerados, blusas transparentes, calças exageradamente apertadas, apresentando os contornos do corpo. Podemos usar roupas bonitas e arranjadas com o devido pudor e respeito pelo corpo.

- A Continência é um fruto do Espírito Santo. O homem continente sabe equilibrar-se, dominando a sua sexualidade. Sabe guardar-se e proteger-se. A continência é uma grande virtude. Se os homens e as mulheres de hoje possuíssem esta grande virtude, não haveria em muitos lares tanta tristeza, tanto aborrecimento porque todos saberiam manter a castidade e a pureza. A continência é o domínio de si mesmo em relação aos instintos sexuais.

- A Castidade é um fruto que leva o homem ou a mulher a manter a pureza do corpo e, consequentemente, a pureza da alma, não se deixando manchar, caindo em pecados contra o 6º e 9º Mandamentos. O sexto mandamento diz: "Guardai castidade nas palavras e nas obras"; e o nono mandamento diz: "Guardai castidade nos pensamentos e nos desejos."

A castidade não é só protegida quando o homem ou a mulher se abstêm de actos sexuais fora do casamento mas deve ser protegida, evitando que os olhos se fixem em programas indecentes ou imorais, ou se fixem na rua em situações impróprias porque isso leva a maus pensamentos e desejos.

S. Paulo, referindo-se aos esposos, fala da Fidelidade dizendo que aquele que é fiel à sua mulher, conserva a castidade e vice-versa. Por isso, S. Paulo quando se refere à fidelidade quer expressar a castidade também no casamento.

Estes doze frutos do Espírito Santo devem suscitar no cristão o desejo e o esforço de os conquistar. Para isso, deverá pedi-los e suplicá-los ao Espírito Santo porque a quem Lhe pede, Ele os dará. Se não os pedirdes, Ele ficará à espera. Contudo, com as preocupações, o corre-corre e a luta pela vida, muitas vezes esquecemo-nos de valores tão sublimes e elevados.

S. Paulo, ao falar dos frutos do Espírito Santo, lembrou os conceitos opostos a estes frutos que são as paixões, referindo-as como obras da carne: bebedeiras, orgias, ira, contendas, partidarismo, ciúme, ódio, inveja, adultério, fornicação. "Os que praticarem tais coisas, não herdarão o Reino de Deus" (Gl 5, 19-21). E, acrescentando,

S. Paulo diz-nos: "Devemos viver segundo o Espírito e não segundo a carne" (Gal. 5,16).

Há quem viva segundo a carne, não passa sem o sexo, sem a bebedeira, sem a ira, a raiva, a vingança, o ressentimento e até pensa que tudo isto são valores que devem ser vividos. Há programas de televisão, revistas e livros que lançam o sexo como um valor indispensável, aconselhando a juventude à libertinagem sexual e fazendo imensa propaganda dela. Isto, para o jovem menos avisado, menos orientado e menos esclarecido, é um bem e um valor sem o qual não pode viver, atirando-se desenfreadamente para a sexualidade.

Assim, perderá a sua própria personalidade. S. Paulo acrescenta: "Quem vive da carne colherá a morte, mas quem vive segundo o Espírito colherá a Vida Eterna" (Gl 6, 8).

Devemos rezar com mais assiduidade ao Espírito Santo, confiando na Sua acção e santificação na Igreja e nas almas. Sem a ajuda e o impulso do Divino Espírito Santo, nada se pode fazer ou cumprir para agradar a Deus ou à Santíssima Trindade, para seguir o verdadeiro caminho.

Os cristãos devem cultivar um amor ardente e mais confiante no Espírito Santo. A devoção ao Espírito Santo é uma devoção necessária para o cristão, uma vez que o Sagrado Coração de Jesus é inseparável do Espírito Santo, ou seja, ser devoto do Sagrado Coração de Jesus implica ser devoto do Espírito Santo que deve ser assiduamente invocado, rezado, convidado e procurado, pois só Ele nos impulsiona à prática do bem.

O Espírito Santo é a alma e o motor da Igreja, é Ele que vem conduzindo a Igreja ao longo do tempo e irá conduzi-la até ao fim dos tempos.

O Espírito Santo é o dom de Deus para a alma do cristão, é o amor e a suavidade do Pai e do Filho, Ele é o espírito da fortaleza. Foi Ele que deu aos mártires a força de morrerem, corajosa e alegremente, pela causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela causa do Evangelho. O Espírito Santo dá a coragem e a energia para que o cristão possa prosseguir no caminho da fé e da salvação.

O Espírito Santo que em nós diz "Abba Pai" lembra-nos que somos filhos de Deus e que, por isso, possuímos uma dignidade elevada. O Espírito Santo que conduz o cristão é uma luz indispensável para cada um de nós. Cristo é o caminho e Ele prometeu aos apóstolos uma força do Alto, o Espírito Santo Paráclito para que estes pudessem realizar tudo aquilo que ouviram e aprenderam do Divino Mestre.

A luz de Cristo que ilumina a nossa alma é o Espírito Santo pois Jesus morreu para nos dar a vida mas o homem nada pode fazer sem o socorro divino, sem a ajuda de Deus. Para a nossa santificação temos necessidade do Espírito Santo, devendo suplicar-Lhe os Seus dons e frutos. Assim, o que é impossível para nós torna-se possível se rezarmos e invocarmos o Espírito Santo, se pedirmos a Sua ajuda.

Temos como exemplo a Igreja primitiva. Pensemos e meditemos no comportamento dos Apóstolos que tiveram a coragem de deixar tudo para seguir Jesus cheios de alegria, entusiasmo e coragem, e isto, graças à acção do Espírito Santo.

Jesus instruía-os pacientemente, mas eles por vezes não percebiam os ensinamentos de Jesus porque ainda não estavam repletos do Espírito Santo. Assim contece connosco, se não estivermos cheios do Espírito Santo não percebemos muitos dos ensinamentos do Divino Mestre. É o Espírito Santo que vai despertando o desejo de seguir Jesus porque o homem por natureza é fraco e precisa desta força. Os Apóstolos andaram de país em país, de cidade em cidade, realizando prodígios, milagres, correndo perigos, sofrendo perseguições e até a morte graças à força do Espírito Santo.

Foi com os homens fracos que a Igreja primitiva se formou, porque este chamamento não depende do homem mas d'Aquele que chama. Não depende da capacidade ou da inteligência do homem, depende de Deus. O homem é apenas o canal, o instrumento, a via através da qual Deus trabalha e age desde que o homem permita e aceite a disposição de Deus na sua vida. Deus só precisa da disponibilidade do homem, o resto é feito por Ele.

Se disseres: "Eis-me aqui, ó meu Deus para fazer a Tua vontade, faz de mim o que pretendes", Deus começa a agir mas para isso é preciso que deixemos os nossos precon- ceitos, vontades, caprichos e vaidades, pois como diz Jesus: "Quem quiser seguir-Me, negue-se a si mesmo, pegue na sua cruz dia após dia e siga-Me" (Mt 16, 24). E o que significa negar-se a si mesmo? Significa dizer "Não" aos nossos caprichos, às nossas vontades, aos nossos prazeres para que, quando estivermos vazios de nós mesmos, possamos ficar cheios do Espírito Santo.

Temos que esvaziar aquilo que está dentro de nós, porque se não o fizermos, é como despejar água num copo cheio - é impossível - porque é preciso que o copo esteja vazio para que seja possível enchê-lo. Acontece o mesmo com o homem. Quando estamos cheios de nós mesmos, do nosso orgulho, da nossa vaidade, Deus resiste e recua, como diz o salmista: "Eu resisto ao orgulhoso e me aproximo do humilde de coração"

Ele escolhe o que é vil e desprezível para confundir o mundo. Deus é sempre Deus e assim ninguém poderá vangloriar-se diante de Deus porque os dons e os frutos não são méritos do homem, são dados por Deus.

S. Paulo, na carta aos Efésios 2, 8-9 escreve: "E isto não vem de vós; é dom de Deus; não vem das obras para que ninguém se glorie." Quem se quiser gloriar deve gloriar-se em Jesus e não em si mesmo, nem nos valores mundanos, não na vanglória terrena, mas em Jesus. Assim, a tua glória será Jesus, o teu prémio será Jesus, a tua alegria será Jesus.

A acção do Espírito Santo sobre os Apóstolos no dia de Pentecostes foi tão forte e notória que, de fracos e cobardes que eram, estes tornaram-se fortes e corajosos em todas as circunstâncias da sua vida, suportando com coragem e paciência todo o tipo de afrontas e até o derramamento de sangue, dando a vida por Jesus e pelo Seu Evangelho.

Todas as virtudes, como a prudência, a justiça, a fortaleza e a temperança, devem ser pedidas e suplicadas ao Espírito Santo. Se fores prudente, se fores forte, naturalmente que, com mais facilidade, irás resistir às influências e pressão social; mas se fores fraco não poderás resistir-lhes.

A fraqueza do cristão leva-o, num dia de Domingo, a optar por não ir à Missa para ir a um passeio. Mas, se o cristão for forte, diz: "Eu vou ao passeio, mas primeiro vou à Missa" ou "apareço mais tarde, agora não posso; vou à Missa". É curioso porque, quando se trata de faltar ao emprego, a pessoa diz: "Não posso", mas quando se trata de assuntos de Deus a pessoa desleixa-se e falta à Missa. Esta atitude é fraqueza humana e também falta de fé. Lamentavelmente, hoje são poucas as pessoas que rezam e invocam o Espírito Santo.

O Espírito Santo não deve ser invocado somente pelos grupos carismáticos mas por todos os cristãos, por todos os baptizados.

Alguns esquecem-se, muitas vezes, de invocar Maria Santíssima. Como é que se pode separar Maria Santíssima do Espírito Santo? Onde está o Espírito Santo tem que estar Maria Santíssima pois é Ela a distribuidora de todas as graças e é através d'Ela que o Espírito Santo distribui as graças ao cristão. Ela é Esposa do Espírito Santo.

Os homens fazem muitas perguntas e pedem coisas banais e passageiras mas esquecem-se de pedir o essencial que é a graça do Espírito Santo. S. Lucas no capítulo 11, 13, diz-nos: "O Pai do Céu dará o Espírito Santo àqueles que Lho pedem".

Há diversidade de dons e de serviços mas o Espírito é o mesmo, pois é o mesmo Deus que opera tudo, em todos.

A manifestação do Espírito Santo é dada a cada um para proveito comum. A um, o Espírito Santo dá uma palavra de sabedoria, a outro, uma palavra de ciência, a outro a fé, a outro o dom das curas, a outro o dom de operar milagres, a outro a profecia, a outro o discernimento do Espírito, a outros, o dom das línguas e a outros a interpretação dessas mesmas línguas. Tudo isto, porém, é dado pelo mesmo e único Espírito que distribui a cada um conforme entende: "A manifestação do Espírito Santo é dada a cada um para proveito comum" (1 Cor 12, 7). O que significa isto? Todo o dom é dado, não para proveito pessoal mas sim para proveito dos outros, para que os filhos e as filhas de Deus beneficiem destes dons.

Não é dado porque a pessoa o merece mas porque o Espírito Santo entende dar o Seu dom a este ou àquele, para que saiba utilizá-lo em favor do bem comum.

Quando alguém recebe um dom tem que exigir de si mesmo muitos sacrifícios, muitas renúncias e muitas canseiras porque tem de fazer render o dom que foi recebido.

Assim explica a parábola dos talentos: "A quem mais recebe, mais lhe será exigido". Se recebes dois talentos vais ter que dar mais dois, quatro. Se recebes cinco vais ter que apresentar mais cinco, portanto dez. Aquele que recebeu cinco vai ter de trabalhar muito mais do que aquele que recebeu apenas dois. Por isso não devemos invejar os dons do Espírito Santo que alguém possui, porque é um pecado. Não podemos dizer: "Quem me dera a mim ter este ou aquele dom". Não, porque isso é da vontade do Espírito Santo.

Reparem neste episódio que me aconteceu. Depois da Santa Missa chamei um colega Sacerdote para estar ao meu lado a ajudar-me a rezar pelas pessoas e o Espírito Santo resolveu realizar as suas curas e libertações. Depois, à mesa, o colega perguntou-me: "Onde é que aprendeste tudo isso?" e eu respondi-lhe: "Isso não se aprende, foi dado". Portanto, os dons são dados, não são aprendidos.

A caridade é o maior dom dado pelo Espírito Santo: "A caridade nunca acabará. As profecias cessarão, as línguas também cessarão e a ciência findará. Por agora subsistem estas três: a fé, a esperança e a caridade, mas a maior delas é a caridade" (1 Cor 13, 13).

Nunca nos esqueçamos que é o Espírito Santo que santifica e edifica as almas. É tudo obra do Espírito Santo, é Ele que converte os corações, que toca neles e não o padre. Se o padre estiver cheio do Espírito Santo as suas palavras vão tocar os corações e vão convertê-los, mas é o Espírito Santo que está no padre. Se ele não tiver o Espírito Santo em si pode fazer lindos discursos, muito bem preparados, mas não toca os corações, porque não O tem presente.

Ninguém poderá dizer: "Jesus é o Senhor" ou "Jesus, eu Te amo", se não for sob o impulso do Espírito Santo, nem poderá adorar a Jesus se não for pelo Seu impulso. Ninguém poderá ser humilde se o Espírito Santo não inserir no seu coração este belo fruto de reconhecimento e de união ao seu Criador. E quanto mais humilde for a pessoa, mais graças recebe de Deus.

Muitas vezes os cristãos perdem muitas graças porque não sabem recebê-las. Vamos dar um exemplo concreto: Se Jesus Sacramentado passa por ti e tu ficas de pé, como se fosses uma sentinela, Jesus queria dar-te as Suas graças mas não as poderá dar, porque não vê em ti humildade. Então, a graça passa e vai ser entregue ao homem humilde que já a tinha em abundância porque tu não honraste o teu Deus. Perante esta situação Jesus não pode fazer nada. Muitas pessoas dizem: "Não me apetece ajoelhar". E eu digo: "Não te apetece?" Mas é o teu Deus que está diante de ti! Tens uma fraca fé ou não a tens porque não identificas Quem está presente nesse momento.

Padre Manuel Sabino, Fundador dos Servos do Bom Pastor
Fonte: http://www.servosdobompastor.net/EnsEspiritoSanto.html

http://www.arautos.org.br/artigo/324/Os-frutos-do-Espirito-Santo.html



Entenda o Ano Litúrgico


Ano Litúrgico
O Ano Litúrgico é o "calendário religioso". Por ele, o povo cristão revive anualmente todo o Mistério da Salvação centrado na Pessoa de Jesus, o Messias. O Ano Litúrgico contém as datas dos acontecimentos da História da Salvação; contudo, não coincide com o ano civil, que começa no dia primeiro de janeiro e termina no dia 31 de dezembro.
O Ano Litúrgico, por sua vez, começa com o Primeiro Domingo do Advento e termina na última semana do Tempo Comum, onde se celebra a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo ( Cristo Rei). Em outras palavras, ele começa e termina quatro semanas antes do Natal, cumprindo sempre três ciclos: A, B,e C. No Ano (ou ciclo) A, predomina a leitura do Evangelho de São Mateus; no Ano (ou ciclo) B, predomina a leitura do Evangelho de São Marcos e no Ano(ou ciclo) C, predomina a leitura do Evangelho de São Lucas. O Ano Litúrgico é composto de diversos "tempos litúrgicos" e sua estrutura é a seguinte:

Tempo do Advento

Início: Primeiro Domingo do Avento

Término: 24 de dezembro, à tarde
Esse tempo é dividido em duas partes: do início até o dia 16 de dezembro, a Igreja se volta para a segunda vinda do Salvador, que vai acontecer no fim dos tempos. A partir do dia 17 até o final, a Igreja se volta para a primeira vinda do Salvador, que se encarnou no ventre de Maria e nasceu na pobre gruta de Belém.
Duração do tempo: quatro semanas
Espiritualidade: esperança
Ensinamento: anúncio da vinda do Messias
Cor: Roxa
O terceiro Domingo é chamado Domingo "Gaudete", ou seja, Domingo da alegria. Essa alegria é por causa do Natal que se aproxima. Nesse dia, pode-se usar cor-de-rosa. É uma cor mais suave.
Personagens bíblicos mais lembrados nesse tempo: Isaías, João Batista e Maria.
O Símbolo mais comum desse Tempo é a Coroa do Advento, com quatro velas a serem acesas a cada Domingo.
Outras anotações: usa-se instrumentos musicais e ornamenta-se o altar com flores; porém, com moderação. A recitação do Hino de Louvor ("Glória a Deus nas alturas") é omitida.

Tempo de Natal
Início: 25 de dezembro
Toda semana seguinte a esse dia é chamada Oitava de Páscoa. São dias tão solenes quanto o dia 25.
No primeiro Domingo após o dia 25 de dezembro, celebra-se a Festa da Sagrada Família; porém, quando o Natal do Senhor ocorrer no Domingo, a Festa da Sagrada Família se celebra no dia 30 de dezembro.
No dia 01 de Janeiro, celebra-se a Solenidade da Santa Maria, Mãe de Deus.
No segundo domingo depois do Natal (entre 2 e 8 de janeiro), celebra-se a Solenidade da Epifania do Senhor.
No domingo seguinte à Epifania ocorrer no Domingo 7 ou 8 janeiro, a Festa do Batismo do Senhor  é celebrada na segunda-feira seguinte.

O Tempo do Natal termina com a Festa do Batismo do Senhor.
Cor: Branco
Espiritualidade: Fé, alegria, acolhimento
Ensinamento: O Filho de Deus se fez Homem
Símbolos: presépio; luzes

Tempo Comum (Primeira Parte)
Início: primeiro dia logo após a Festa do Batismo do Senhor
O Tempo Comum é interrompido pela Quaresma. Com isso, essa primeira parte vai até a Terça-feira de Carnaval, pois na Quarta-feira de Cinzas já começa o Tempo da Quaresma.
Cor: Verde

Espiritualidade do Tempo Comum: Escuta da Palavra de Deus.

Ensinamento: Anúncio do Reino de Deus

Tempo da Quaresma
Início : Quarta-feira de Cinzas
Término: Quinta-feira Santa de manhã
Espiritualidade: Penitência e conversão
Ensinamento: A Misericórdia de Deus
Cor: Roxa
O quarto Domingo é chamado "Laetare", ou seja, Domingo da Alegria. Semelhante ao terceiro Domingo do Advento, o quarto da Quaresma também é caracterizado pela alegria da Páscoa que se aproxima. Nesse dia, também pode-se usar paramento cor-de-rosa, que é uma cor mais suave.
O sexto Domingo da Quaresma é Domingo de Ramos na Paixão do Senhor. Nesse dia, a cor Vermelha. Também nesse dia, inicia-se a Semana Santa.
Observações para o Tempo da Quaresma: excetuando o Domingo "Laetare" ( Alegria), não se ornamenta o altar com flores e o toque de instrumentos musicais é só para sustentar o canto. Durante todo o Tempo, omite-se o Aleluia, bem como também o Hino de Louvor.

Tríduo Pascal
Terminado a Quaresma na Quinta-feira Santa de manhã, a partir da tarde desse dia, começa o Tríduo Pascal: Quinta-feira Santa; Sexta-feira Santa e Sábado Santo.
Na Quinta-feira, à tarde, celebra-se a Missa da Ceia do Senhor e Lava-pés. A cor do paramento é Branca. Trata-se de uma Missa solene e deve-se ornamentar o altar com flores. Ao final da Celebração é feito o translado do Santíssimo Sacramento.
Na Sexta-feira Santa, celebra-se a Ação Litúrgica da Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo. Essa celebração não é Missa. A cor é vermelha.
No Sábado Santo, à noite, celebra-se a Vigília Pascal, mãe de todas as vigílias.

Tempo Pascal
Início: Primeiro Domingo da Páscoa
Toda a semana seguinte a esse dia é chamada Oitava de Páscoa. São dias tão solenes quanto àquele primeiro Domingo.
No sétimo Domingo da Páscoa, celebra-se a Solenidade da Ascensão do Senhor.
O Tempo Pascal termina com a Solenidade de Pentecostes
Espiritualidade do Tempo Pascal: Alegria em Cristo Ressuscitado.
Ensinamento: Ressurreição e vida.
Cor: Branca

Tempo Comum (Segunda Parte)
O Tempo Comum que havia sido interrompido pela Quaresma, reinicia na Segunda-feira após a solenidade de Pentecostes. No Domingo seguinte, celebra-se a Solenidade da Santíssima Trindade. Nesse dia, a cor é Branca.
Na Quinta-feira após o Domingo da Santíssima Trindade, celebra-se a Solenidade do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo ( "Corpus Christi").
A duração do Tempo Comum, contanto desde a primeira parte, é de 34 semanas. Na 34a semana, mais especificamente na véspera do Primeiro Domingo do Tempo do Advento, termina o Tempo Comum e, consequentemente termina aquele Ano Litúrgico, devendo, portanto, iniciar o outro como primeiro Domingo do Tempo do Advento.
O Tempo Comum também é chamado "Tempo Durante o Ano".

As Cores do Ano Litúrgico
Como a liturgia é ação simbólica, também as cores nela exercem um papel de vital importância, respeitada a cultura de nosso povo, os costumes e a tradição. Assim, é conveniente que se dê aqui a cor dos tempos litúrgicos e das festas. A cor diz respeito aos paramentos do celebrante, à toalha do altar e do ambão e a outros símbolos litúrgicos da celebração.
Vejamos em qual tempo litúrgico são usadas e qual o seu sentido:

Cor roxa
Usa-se: No Advento, na Quaresma, na Semana Santa (até Quinta-Feira Santa de manhã), e na celebração de Finados, como também nas exéquias.

Cor branca
Usa-se: Na solenidade do Natal, no Tempo do Natal, na Quinta-Feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, nas festas do Senhor e na celebração dos santos. Também no Tempo Pascal é predominante a cor branca.

Cor vermelha
Usa-se: No Domingo da Paixão e de Ramos, na Sexta-Feira da Paixão, no Domingo de Pentecostes e na celebração dos mártires, apóstolos e evangelistas.

Cor rosa
Pode-se usar: No terceiro Domingo do Advento (chamado "Gaudete") e no quarto Domingo da Quaresma chamado "Laetare"). Esses dois domingos são classificados, na liturgia, de "domingos da alegria", por causa do tom jubiloso de seus textos.

Cor preta
Pode-se usar na celebração de Finados

Cor verde
Usa-se: Em todo o Tempo Comum, exceto nas festas do Senhor nele celebradas, quando a cor litúrgica é o branco.

Cor dourada
É usado nas grandes solenidades do Ano Litúrgico como Páscoa, Natal, Ordenações...Pouco usado hoje em dia.É a cor das grandes solenidades e grandes festas litúrgicas.Em muitos casos substitui as demais cores, assim como o branco.
As diferentes cores das vestes litúrgicas visam manifestar externamente o caráter dos mistérios celebrados, e também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do ano litúrgico. No princípio havia uma certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas "cores litúrgicas".
Estas cores foram fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo os cristãos do mundo inteiro aderiram a este costume.
Nota explicativa: Se uma festa ou solenidade tomar o lugar da celebração do tempo litúrgico, usa-se então a cor litúrgica da festa ou solenidade. Exemplo: em 8 de dezembro, celebra-se a Solenidade da Imaculada Conceição. Neste caso, a cor litúrgica é então o branco, e não o roxo do Advento. Este mesmo critério é aplicável para a celebração dos dias de semana.

Referência BibliográficaAdam, Adolf, O Ano Litúrgico, São Paulo, Paulinas 1982

http://paroquiacristorei.com/entenda-o-ano-liturgico