Significa "enviado", " mensageiro".
Nos evangelhos o termo é reservado aos doze discípulos escolhidos por Jesus (Mc 3,13-19; Lc 6,13-16), para agir em seu nome (Mt 10,5-8.40). Os apóstolos são escolhidos por Deus para pregar o Evangelho (Rm 1,1; 2Cor 5,20), são a base da Igreja (Ef 2,20; Ap 21,14) e constituem o novo Israel de Deus, recordando as doze tribos (Gn 35,23-26; At 7,8; Mt 19,28; Lc 22,30).
>>>Duas são as condições para ser apóstolo: Ter participado na vida pública de Jesus e ser testemunha da ressurreição (At 1,21s; 2,32; Mt 28,19; Jo 20,21). Por isso, contemporâneos de Paulo negavam-lhe a categoria de apóstolo, pois não pertencia aos Doze, nem havia compartilhado da vida pública do Senhor (1Cor 9,1-2; 15,3-9; 2Cor 11,5; 11,13; 12,11-13). Mas Paulo responde que também viu o Ressuscitado, dele recebeu o Evangelho e a investidura no apostolado. Por isso, ele se considera apóstolo de Cristo (1Cor 1,1; 2Cor 1,1; Gl 1,1; Ef 1,1) distinguindo-se dos apóstolos (enviados) das igrejas (Fl 2,25; 4,3; 2Cor 8,23; Rm 16,7), ainda que não pertença aos Doze e não seja testemunha da ressurreição (1Cor 12,28; 15,7-11; Gl 1,15s).
>>>Pedro aparece como o primeiro dos apóstolos (Lc 6,14; 12,41; 8,45; 9,32-33. Ele é a "rocha"e o portador das chaves da casa de Deus (Mt 16,17-18; Jo 1,41-42); é a primeira testemunha da ressurreição (At 1,15-20).
Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/dicionario/1.php#ixzz25PW9ktRE"
>>>Duas são as condições para ser apóstolo: Ter participado na vida pública de Jesus e ser testemunha da ressurreição (At 1,21s; 2,32; Mt 28,19; Jo 20,21). Por isso, contemporâneos de Paulo negavam-lhe a categoria de apóstolo, pois não pertencia aos Doze, nem havia compartilhado da vida pública do Senhor (1Cor 9,1-2; 15,3-9; 2Cor 11,5; 11,13; 12,11-13). Mas Paulo responde que também viu o Ressuscitado, dele recebeu o Evangelho e a investidura no apostolado. Por isso, ele se considera apóstolo de Cristo (1Cor 1,1; 2Cor 1,1; Gl 1,1; Ef 1,1) distinguindo-se dos apóstolos (enviados) das igrejas (Fl 2,25; 4,3; 2Cor 8,23; Rm 16,7), ainda que não pertença aos Doze e não seja testemunha da ressurreição (1Cor 12,28; 15,7-11; Gl 1,15s).
>>>Pedro aparece como o primeiro dos apóstolos (Lc 6,14; 12,41; 8,45; 9,32-33. Ele é a "rocha"e o portador das chaves da casa de Deus (Mt 16,17-18; Jo 1,41-42); é a primeira testemunha da ressurreição (At 1,15-20).
Leia mais em: http://www.bibliacatolica.com.br/dicionario/1.php#ixzz25PW9ktRE"
2. São estes os nomes dos Doze Apóstolos: primeiro Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; Tiago e seu irmão João, filhos de Zebedeu; 3. Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o cobrador de impostos; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; 4. Simão, o Cananeu, e Judas Iscariotes, que foi o traidor de Jesus."
Os
Apóstolos de Jesus
JESUS CHAMA OS SEUS PRIMEIROS
DISCÍPULOS (Jo 1,29-51)
Naquele tempo, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, eis o que tira o pecado do mundo! Vi o Espírito descer do céu em forma de pomba e repousar sobre Ele. Eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar em água disse-me: 'Aquele sobre quem vires descer e repousar o Espírito é o que batiza no Espírito Santo'. Eu o vi e dou testemunho de que ele é o Filho de Deus".
Dois discípulos de João ouviram-no dizer de Jesus: "eis o Cordeiro de Deus" e logo resolveram segui-lo. Jesus voltou-se para eles e perguntou: "O que vós buscais?". Eles disseram-lhe: "Mestre, onde moras?". Jesus respondeu: "Vinde e vede". Foram e ficaram com ele durante todo aquele dia. Esses dois discípulos chamavam-se André e João.
André encontrou seu irmão Simão e disse-lhe: "Encontramos o Messias, que é o Cristo". E levou-o a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: "Tu és Simão, filho de Jonas; hás de chamar-te Cefas" que quer dizer Pedro (isto é, rochedo).
No dia seguinte, Jesus encontrou Filipe e disse-lhe: "Segue-me". Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: "Encontramos aquele que foi anunciado por Moisés e pelos profetas: Jesus de Nazaré, filho de José". Natanael respondeu-lhe: "Acaso poderá sair coisa boa de Nazaré?". Filipe disse-lhe: "Venha ver". Jesus viu Natanael aproximar-se e disse a seu respeito: "Cá está um verdadeiro israelita que não engana ninguém". Natanael perguntou-lhe: "De onde me conheces?". Jesus respondeu: "Antes de Filipe te chamar, eu já tinha te visto debaixo da figueira". Natanael disse-lhe: "Mestre, vós sois o Filho de Deus! Vós sois o Rei de Israel!".
Naquele tempo, João viu Jesus aproximar-se dele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus, eis o que tira o pecado do mundo! Vi o Espírito descer do céu em forma de pomba e repousar sobre Ele. Eu não o conhecia, mas o que me mandou batizar em água disse-me: 'Aquele sobre quem vires descer e repousar o Espírito é o que batiza no Espírito Santo'. Eu o vi e dou testemunho de que ele é o Filho de Deus".
Dois discípulos de João ouviram-no dizer de Jesus: "eis o Cordeiro de Deus" e logo resolveram segui-lo. Jesus voltou-se para eles e perguntou: "O que vós buscais?". Eles disseram-lhe: "Mestre, onde moras?". Jesus respondeu: "Vinde e vede". Foram e ficaram com ele durante todo aquele dia. Esses dois discípulos chamavam-se André e João.
André encontrou seu irmão Simão e disse-lhe: "Encontramos o Messias, que é o Cristo". E levou-o a Jesus. Jesus olhou para ele e disse: "Tu és Simão, filho de Jonas; hás de chamar-te Cefas" que quer dizer Pedro (isto é, rochedo).
No dia seguinte, Jesus encontrou Filipe e disse-lhe: "Segue-me". Filipe encontrou Natanael e disse-lhe: "Encontramos aquele que foi anunciado por Moisés e pelos profetas: Jesus de Nazaré, filho de José". Natanael respondeu-lhe: "Acaso poderá sair coisa boa de Nazaré?". Filipe disse-lhe: "Venha ver". Jesus viu Natanael aproximar-se e disse a seu respeito: "Cá está um verdadeiro israelita que não engana ninguém". Natanael perguntou-lhe: "De onde me conheces?". Jesus respondeu: "Antes de Filipe te chamar, eu já tinha te visto debaixo da figueira". Natanael disse-lhe: "Mestre, vós sois o Filho de Deus! Vós sois o Rei de Israel!".
JESUS MANIFESTA SEU PODER EM CANÁ
(Jo 2,1-12)
Estava Jesus, com seus discípulos, a assistir a umas bodas em Caná da Galiléia.
Faltando o vinho, Maria aproximou-se dele e disse-lhe: "Eles não
têm mais vinho". Jesus respondeu: "Por que vos incomodais
com isso? Ainda não chegou a minha hora". Então sua Mãe disse aos que
serviam: "Fazei tudo o que Ele vos mandar".
Ora, havia ali seis cântaros de pedra destinados às purificações dos judeus,
cada um dos quais levava duas ou três medidas. Jesus disse: "Enchei
esses cântaros de água". Encheram até o topo. Então Jesus
disse-lhes: "Tirai o vinho e levai-o ao chefe da mesa". E
assim fizeram.
Quando o chefe provou a água mudada em vinho, sem saber de onde viera, embora os serventes o soubessem, dirigiu-se ao esposo e disse-lhe: "Todos costumam dar primeiro o vinho bom e, após os convidados já terem bebido bastante, servem o pior. Mas tu guardaste até agora o melhor vinho".
Este foi o primeiro milagre de Jesus em Caná da Galiléia. Foi assim que ele manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele.
Quando o chefe provou a água mudada em vinho, sem saber de onde viera, embora os serventes o soubessem, dirigiu-se ao esposo e disse-lhe: "Todos costumam dar primeiro o vinho bom e, após os convidados já terem bebido bastante, servem o pior. Mas tu guardaste até agora o melhor vinho".
Este foi o primeiro milagre de Jesus em Caná da Galiléia. Foi assim que ele manifestou a sua glória e os seus discípulos creram nele.
OS DISCÍPULOS SEGUEM A JESUS (Lc
5,1-11)
Jesus estava à beira do lago de Genesaré, entrou no barco de Simão Pedro e começou a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: "Entre mar adentro e joga as redes para pescar". Simão respondeu: "Meste, trabalhamos a noite toda e não apanhamos nada. Mas em atenção à tua palavra, vamos lançar as redes". Assim fizeram e apanharam tanto peixe que a rede quase arrebentou. Acenaram aos companheiros que estavam na outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram e as duas barcas ficaram tão cheias de peixes que por pouco não afundaram.
Vendo isto, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse: "Senhor, afastai-vos de mim, que sou um homem pecador". Jesus disse-lhe: "Não temais. De agora em diante serás pescador de homens".
Levaram as barcas para terra e deixaram tudo para seguir a Jesus.
Jesus estava à beira do lago de Genesaré, entrou no barco de Simão Pedro e começou a ensinar a multidão. Quando acabou de falar, disse a Simão: "Entre mar adentro e joga as redes para pescar". Simão respondeu: "Meste, trabalhamos a noite toda e não apanhamos nada. Mas em atenção à tua palavra, vamos lançar as redes". Assim fizeram e apanharam tanto peixe que a rede quase arrebentou. Acenaram aos companheiros que estavam na outra barca, para que viessem ajudá-los. Eles vieram e as duas barcas ficaram tão cheias de peixes que por pouco não afundaram.
Vendo isto, Simão Pedro lançou-se aos pés de Jesus e disse: "Senhor, afastai-vos de mim, que sou um homem pecador". Jesus disse-lhe: "Não temais. De agora em diante serás pescador de homens".
Levaram as barcas para terra e deixaram tudo para seguir a Jesus.
JESUS ESCOLHE OS 12 APÓSTOLOS (Mt
10,1-4; 12,15-21; Mc 3,13-19)
Naquele tempo, Jesus retirou-se para um monte e passou toda a noite em oração. Quando raiou o dia, chamou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais chamou apóstolos.
Eram: Simão (também chamado Pedro) e seu irmão André; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e seu irmão Judas Tadeu; Simão, chamado Zelota e Judas Iscariotes, que foi o traidor.
Mais tarde escolheu 72 discípulos. Sem os igualar aos apóstolos, mandou-os também a pregar o Evangelho.
Naquele tempo, Jesus retirou-se para um monte e passou toda a noite em oração. Quando raiou o dia, chamou os discípulos e escolheu doze dentre eles, aos quais chamou apóstolos.
Eram: Simão (também chamado Pedro) e seu irmão André; Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João; Filipe e Bartolomeu; Mateus e Tomé; Tiago, filho de Alfeu, e seu irmão Judas Tadeu; Simão, chamado Zelota e Judas Iscariotes, que foi o traidor.
Mais tarde escolheu 72 discípulos. Sem os igualar aos apóstolos, mandou-os também a pregar o Evangelho.
JESUS PROMETE O PRIMADO A PEDRO (Mt 16,16-20; Mc 8,27-33;
Lc 9,18-22)
Andando Jesus pelo território de Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: "Quem os homens dizem que eu sou?". Eles responderam: "Uns dizem que sois João Batista, outros Elias, outros Jeremias ou algum dos profetas". Então Jesus disse-lhes: "E vós, quem dizeis que eu sou?". Simão Pedro respondeu: "Vós sois o Cristo, o Filho do Deus vivo".
Jesus disse-lhe: "Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue que te revelou isso, mas meu Pai que está nos céus. E eu digo-te: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus; tudo o que desligares sobre a terra, será desligado também nos céus".
Andando Jesus pelo território de Cesaréia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: "Quem os homens dizem que eu sou?". Eles responderam: "Uns dizem que sois João Batista, outros Elias, outros Jeremias ou algum dos profetas". Então Jesus disse-lhes: "E vós, quem dizeis que eu sou?". Simão Pedro respondeu: "Vós sois o Cristo, o Filho do Deus vivo".
Jesus disse-lhe: "Bem-aventurado és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne e o sangue que te revelou isso, mas meu Pai que está nos céus. E eu digo-te: tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do reino dos céus: tudo o que ligares sobre a terra, será ligado também nos céus; tudo o que desligares sobre a terra, será desligado também nos céus".
---- x ----
Catecismo da Igreja Católica:
Aparições do Ressuscitado e os
Apóstolos
§ 641
|
Maria
de Mágdala e as santas mulheres, que Vinham terminar de embalsamar o corpo de
Jesus, sepultado às pressas, devido à chegada do Sábado, na tarde da
Sexta-feira Santa, foram as primeiras a encontrar o Ressuscitado. Assim, as
mulheres foram as primeiras mensageiras da Ressurreição de Cristo para os
próprios apóstolos. Foi a eles que Jesus apareceu em seguida, primeiro a
Pedro, depois aos Doze. Pedro, chamado a confirmar a fé de seus irmãos, vê
portanto, o Ressuscitado antes deles, e é baseada no testemunho dele que a comunidade
exclama: "E verdade! O Senhor ressuscitou e apareceu a Simão" (Lc
24,34).
|
§ 642
|
Tudo o
que aconteceu nesses dias pascais convoca todos os apóstolos, de modo
particular Pedro, para a construção da era nova que começou na manhã de
Páscoa. Como testemunhas do Ressuscitado, são eles as pedras de fundação de
sua Igreja. A fé da primeira comunidade dos crentes tem por fundamento o
testemunho de homens concretos, conhecidos dos cristãos e, na maioria dos
casos, vivendo ainda entre eles. Estas "testemunhas da Ressurreição de
Cristo" são, antes de tudo, Pedro e os Doze, mas não somente eles: Paulo
fala claramente de mais de quinhentas pessoas às quais Jesus apareceu de uma
só vez, além de Tiago e de todos os apóstolos.
|
§ 644
|
Mesmo
confrontados com a realidade de Jesus ressuscitado, os discípulos ainda
duvidam, a tal ponto que o fato lhes parece impossível: pensam estar vendo um
espírito. "Por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e
permaneciam perplexos" (Lc 24,41). Tomé conhecerá a mesma provação da
dúvida e quando da última aparição na Galiléia, contada por Mateus,
"alguns, porém, duvidaram" (Mt 28,17). Por isso, a hipótese segundo
a qual a ressurreição teria sido um "produto" da fé (ou da
credulidade) dos apóstolos carece de consistência. Muito pelo contrário, a fé
que tinham na Ressurreição nasceu - sob a ação da graça divina - da
experiência direta da realidade de Jesus ressuscitado.
|
§ 645
|
O
ESTADO DA HUMANIDADE RESSUSCITADA DE CRISTO
Jesus
ressuscitado estabelece com seus discípulos relações diretas, em que estes o
apalpam e com Ele comem. Convida-os, com isso, a reconhecer que Ele não é um
espírito, mas sobretudo a constatar que o corpo ressuscitado com o qual Ele
se apresenta a eles é o mesmo que foi martirizado e crucificado, pois ainda
traz as marcas de sua Paixão. Contudo, este corpo autêntico e real possui, ao
mesmo tempo, as propriedades novas de um corpo glorioso: não está mais
situado no espaço e no tempo, mas pode tornar-se presente a seu modo, onde e
quando quiser, pois sua humanidade não pode mais ficar presa à terra, mas já
pertence exclusivamente ao domínio divino do Pai. Por esta razão também Jesus
ressuscitado é soberanamente livre de aparecer como quiser: sob a aparência
de um jardineiro ou "de outra forma" (Mc 16,12), diferente das que
eram familiares aos discípulos, e isto precisamente para suscitar-lhes a fé.
|
§ 647
|
"Só
tu, noite feliz "canta o Exsultet da Páscoa – "soubeste a hora em
que Cristo da morte ressurgia." Com efeito ninguém foi testemunha ocular
do próprio acontecimento da Ressurreição, e nenhum Evangelista o descreve.
Ninguém foi capaz de dizer como ela se produziu fisicamente. Muito menos sua
essência mais íntima, sua passagem a outra vida, foi perceptível aos sentidos.
Como evento histórico constatável pelo sinal do sepulcro vazio e pela
realidade dos encontros dos apóstolos com Cristo ressuscitado, a Ressurreição
nem por isso deixa de estar no cerne do mistério da fé, no que ela transcende
e supera a história. E por isso que Cristo ressuscitado não se manifesta ao
mundo mas a seus discípulos, "aos que haviam subido com ele da Galiléia
para Jerusalém, os quais são agora suas testemunhas diante do povo" (At
13,31).
|
Batismo e os Apóstolos
§ 1226
|
A
partir do dia de Pentecostes, a Igreja celebrou e administrou o santo
Batismo. Com efeito, São Pedro declara à multidão impressionada com sua
pregação: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de
Jesus Cristo para a remissão de vossos pecados. Então recebereis o dom do
Espírito Santo" (At 2,38). Os Apóstolos e seus colaboradores oferecem o
Batismo a todo aquele que crer em Jesus: judeus, tementes a Deus, pagãos. O
Batismo aparece sempre ligado à fé: "Crê no Senhor e serás salvo, tu e a
tua casa", declara São Paulo a seu carcereiro de Filipos. O relato
prossegue: "E imediatamente [o carcereiro recebeu o Batismo, ele e todos
os seus" (At 16,31-33).
|
Catequese apostólica
§ 1094
|
É em
tomo desta harmonia dos dois Testamentos que se articula a catequese pascal
do Senhor, e posteriormente a dos Apóstolos e dos Padres da Igreja. Esta
catequese desvenda O que permanecia escondido sob a letra do Antigo
Testamento: o mistério de Cristo. Ela é denominada "tipológica"
porque revela a novidade de Cristo a partir das "figuras" (tipos)
que a anunciavam nos fatos, nas palavras e nos símbolos da primeira aliança.
Por esta releitura no Espírito de verdade a partir de Cristo, as figuras são
desveladas. Assim, o dilúvio e a arca de Noé prefiguravam a salvação pelo
Batismo, o mesmo acontecendo com a nuvem e a travessia do Mar Vermelho, e a
água do rochedo era a figura dos dons espirituais de Cristo; o maná do
deserto prefigurava a Eucaristia, "o verdadeiro Pão do Céu" (Jo
6,32).
|
Colégio apostólico
§ 880
|
Cristo,
ao instituir os Doze, "instituiu-os à maneira de colégio ou grupo
estável, ao qual propôs Pedro, escolhido dentre eles." Assim como, por
disposição do Senhor, São Pedro e os outros apóstolos constituem um único
colégio apostólico, de modo semelhante o Romano Pontífice, sucessor de Pedro,
e os Bispos, sucessores dos Apóstolos, estão unidos entre si.
|
Eleição e vocação dos Apóstolos
-
§ 2
|
A fim
de que este chamado ressoe pela terra inteira, Cristo enviou os apóstolos que
escolhera, dando-lhes o mandato de anunciar o Evangelho: "Ide, fazei que
todas as nações se tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e
do Espírito Santo e ensinando-as a observar tudo quanto vos ordenei. E eis
que eu estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos" (Mt
28,19-20). Fortalecidos com esta missão, os apóstolos "saíram a pregar
por toda parte, agindo com eles o Senhor, e confirmando a Palavra por meio
dos sinais que a acompanhavam" (Mc 16,20).
|
§ 75
|
"Cristo
Senhor, em quem se consuma a revelação do Sumo Deus, ordenou aos Apóstolos
que o Evangelho, prometido antes pelos profetas, completado por ele e por sua
própria boca promulgado, fosse por eles pregado a todos os homens como fonte
de toda a verdade salvífica e de toda a disciplina de costumes,
comunicando-lhes os dons divinos."
|
§ 96
|
O que
Cristo confiou aos apóstolos, estes o transmitiram por sua pregação e por
escrito, sob a inspiração do Espírito Santo, a todas as gerações, até a volta
gloriosa de Cristo.
|
§ 858
|
Jesus é
o Enviado do Pai. Desde o início de seu ministério "chamou a si os que
quis, e dentre eles escolheu Doze para estarem com ele e para enviá-los a
pregar" (Mc 3,13-14). A partir daquela hora eles serão os seus
"enviados" (é o que significa a palavra grega
"apóstolo"). Neles continua a sua própria missão: "Como o Pai
me enviou, eu também vos envio" (Jo 20,21). Seu ministério é, portanto,
a continuação de sua própria missão: "Quem vos recebe a mim
recebe", diz ele aos Doze (Mt 10,40).
|
§ 859
|
Jesus
associa-os à missão que recebeu do Pai: como "o Filho não pode fazer
nada por si mesmo" (Jo 5,19.30), mas recebe tudo do Pai que o enviou,
assim os que Jesus envia nada podem fazer sem. ele, de quem recebem o mandato
de missão e o poder de exercê-lo. Os Apóstolos de Cristo sabem, portanto, que
são qualificados por Deus como "ministros de Uma aliança nova"
(2Cor 3,6), "ministros de Deus" (2Cor 6,4), "embaixadores de
Cristo" (2Cor 5,20), "servidores de Cristo e administradores dos
mistérios de Deus" (1 Cor 4,1).
|
§ 860
|
No
encargo dos Apóstolos, há um aspecto não-transmissível: serem as testemunhas
escolhidas da Ressurreição do Senhor e os fundamentos da Igreja. Mas h também
um aspecto permanente de seu ofício. Cristo prometeu-lhes ficar com eles até
o fim dos tempos. "Esta missão divina confiada por Cristo aos Apóstolos
deverá durar até o fim dos século que o Evangelho que eles devem transmitir é
para a Igreja, em todos os tempos, a fonte de toda vida. Por esta razão os
apóstolos cuidaram de instituir sucessores."
|
§ 873
|
As
próprias diferenças que o Senhor quis estabelecer entre os membros de seu
Corpo servem à sua unidade e à sua missão. Pois, embora "exista na
Igreja diversidade de serviços, há unidade de missão. Cristo confiou aos
apóstolos e a seus sucessores o múnus de ensinar, de santificar e de governar
em seu nome e por seu poder. Os leigos, por sua vez, participantes do múnus
sacerdotal, profético e régio de Cristo, compartilham a missão de todo o povo
de Deus na Igreja e no mundo". Finalmente, "em ambas as categorias
[hierarquia e leigos] há fiéis que, pela profissão dos conselhos evangélicos,
se consagram, em seu modo especial, a Deus e servem à missão salvífica da
Igreja; seu estado, embora não faça parte da estrutura hierárquica da Igreja,
pertence, não obstante, à sua vida e santidade".
|
§ 935
|
Para
anunciar a fé e para implantar seu Reino, Cristo envia seus apóstolos e seus
sucessores. Dá-lhes participação em sua missão. De Cristo recebem o poder de
agir em seu nome.
|
§ 1086
|
"Assim
como Cristo foi enviado pelo Pai, da mesma forma Ele mesmo enviou os
apóstolos, cheios do Espírito Santo, não só para pregarem o Evangelho a toda
criatura, anunciarem que o Filho de Deus, por sua Morte e Ressurreição, nos
libertou do poder de Satanás e da morte e nos transferiu para o reino do Pai,
mas ainda para levarem a efeito o que anunciavam: a obra da salvação por meio
do sacrifício e dos sacramentos, em tomo dos quais gravita toda a vida
litúrgica."
|
§ 1120
|
O
ministério ordenado ou sacerdócio ministerial está a serviço do sacerdócio
batismal. Garante que, nos sacramentos, é Cristo que age pelo Espírito Santo
para a Igreja. A missão de salvação confiada pelo Pai a seu Filho encarnado é
confiada aos apóstolos e, por meio deles, a seus sucessores: recebem o
Espírito de Jesus para agir em seu nome e em sua pessoa. Assim, o ministro
ordenado é o elo sacramental que liga a ação litúrgica àquilo que disseram e
fizeram os apóstolos, e, por meio destes, ao que disse e fez Cristo, fonte e
fundamento dos sacramentos.
|
§ 1122
|
Cristo
enviou seus apóstolos para que "em seu Nome fosse proclamado a todas as
nações. O arrependimento para a remissão dos pecados" (Lc 24,47).
"Fazei que todos os povos se tornem discípulos, batizando-os em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo" (Mt 28,19). A missão de batizar,
portanto a missão sacramental, está implícita na missão de evangelizar, pois
o sacramento é preparado pela Palavra de Deus e pela fé, que é assentimento a
esta Palavra:
O povo
de Deus congrega-se antes de mais nada pela Palavra do Deus vivo. (...) A
proclamação da Palavra é indispensável ao ministério sacramental, pois se
trata dos sacramentos da fé, e esta nasce e se alimenta da Palavra.
|
§ 1575
|
Foi
Cristo quem escolheu os apóstolos, fazendo-os participar de sua missão e
autoridade. Elevado à direita do Pai, Ele não abandonou seu rebanho, mas
guarda-o por meio dos Apóstolos, sob sua constante proteção, e o dirige ainda
pelos mesmos pastores que continuam até hoje sua obra. Portanto, é Cristo
"que concede" a uns serem apóstolos, a outros pastores. Ele
continua agindo por intermédio dos Bispos.
|
§ 2600
|
O
Evangelho segundo S. Lucas destaca a ação do Espírito Santo e o sentido da
oração no ministério de Cristo. Jesus ora antes dos momentos decisivos de sua
missão: antes de o Pai dar testemunho dele por ocasião do Batismo e
da Transfiguração e antes de realizar por sua Paixão o plano
de amor do Pai. Ora também antes dos momentos decisivos que darão início à
missão dos Apóstolos: antes de escolher e chamar os Doze, antes que Pedro o
confesse como "Cristo de Deus e para que a fé do chefe dos Apóstolos não
desfaleça na tentação. A oração de Jesus antes das ações salvíficas que
realiza a pedido do Pai é uma entrega, humilde e confiante, de sua vontade
humana à vontade amorosa do Pai.
|
Espírito Santo e os Apóstolos
§ 244
|
A
origem eterna do Espírito revela-se em sua missão tem temporal. O Espírito
Santo é enviado aos apóstolos e à Igreja tanto pelo Pai, em nome do Filho,
como pelo Filho em pessoa, depois que este tiver voltado para junto do Pai. O
envio da pessoa do Espírito após a glorificação de Jesus revela em plenitude
o mistério da Santíssima Trindade.
|
§ 746
|
Por sua
Morte e Ressurreição, Jesus é constituído Senhor e Cristo na glória. De sua
Plenitude, derrama o Espírito Santo sobre os apóstolos e a Igreja.
|
§ 798
|
O
Espírito Santo é "o Princípio de toda ação vital e verdadeiramente
salutar em cada uma das diversas partes do Corpo". Ele opera de
múltiplas maneiras a edificação do Corpo inteiro na caridade: pela Palavra de
Deus, "que tem o poder de edificar" (At 20,32); pelo Batismo, por
meio do qual forma o Corpo de Cristo; pelos sacramentos, que proporcionam
crescimento e cura aos membros de Cristo; pela "graça concedida aos
apóstolos, que ocupa o primeiro lugar entre seus dons"; pelas virtudes,
que fazem agir segundo o bem; e, enfim, pelas múltiplas graças especiais
(chamadas de "carismas"), por meio das quais "torna os fiéis
aptos e prontos a tomarem sobre si os vários trabalhos e ofícios que
contribuem para a renovação e maior incremento da Igreja".
|
§ 1287
|
Ora,
esta plenitude do Espírito não devia ser apenas a do Messias; devia ser
comunicada a todo o povo messiânico. Por várias vezes Cristo prometeu esta
efusão do Espírito, promessa que realizou primeiramente no dia da Páscoa. e
em seguida, de maneira mais marcante, no dia de Pentecostes. Repletos do
Espírito Santo, os Apóstolos começam a proclamar "as maravilhas de
Deus" (At 2,11), e Pedro começa a declarar que esta efusão do Espírito é
o sinal dos tempos messiânicos. Os que então creram na pregação apostólica e
que se fizeram batizar também receberam o dom do Espírito Santo.
|
§ 1299
|
No rito
romano, o Bispo estende as mãos sobre o conjunto dos confirmandos, gesto que,
desde o tempo dos Apóstolos, é o sinal do dom do Espírito. Cabe ao Bispo
invocar a efusão do Espírito:
Deus
Todo-Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que pela água e pelo
Espírito Santo fizestes renascer estes vossos servos, libertando-os do
pecado, enviai-lhes o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o espírito
de sabedoria e inteligência, o espírito de conselho e fortaleza, o espírito
da ciência e piedade - e enchei-os do espírito de vosso temor. Por Cristo
Nosso Senhor.
|
§ 1302
|
Da
celebração ressalta que o efeito do sacramento da Confirmação é a efusão
especial do Espírito Santo, como foi outorgado outrora aos apóstolos no dia
de Pentecostes.
|
§ 1315
|
"Tendo
ouvido que a Samaria acolhera a palavra de Deus, os Apóstolos, que estavam em
Jerusalém, enviaram-lhes Pedro e João. Estes, descendo até lá, oraram por
eles, a fim de que recebessem o Espírito Santo Pois ele ainda não descera
sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em nome do Senhor
Jesus. Então começaram a impor-lhes as mãos, e eles recebiam o Espírito
Santo" (At 8,14-17).
|
§ 1485
|
"Dizendo
isso, soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo; aqueles a
quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados; aqueles aos quais os
retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20,22-23).
|
§ 1556
|
Para
desempenhar sua missão, "os Apóstolos foram enriquecidos por Cristo com
especial efusão do Espírito Santo, que desceu sobre eles. E eles mesmos transmitiram
a seus colaboradores, mediante a imposição das mãos, este dom espiritual que
chegou até nós pela sagração episcopal"
|
Igreja e os Apóstolos
A
Igreja, comunhão viva na fé dos apóstolos, que ela transmite, é o lugar de
nosso conhecimento do Espírito Santo:
|
|
§ 756
|
"Com
freqüência a Igreja é também chamada de construção de Deus. O próprio Senhor
comparou-se à pedra que os construtores rejeitaram e se tornou a pedra
angular (Mt 21,42 par.; At 4,11; 1 Pd 2,7; Sl 118,22). Sobre este fundamento
a Igreja é construída pelos apóstolos, e dele recebe firmeza e coesão. Essa
construção recebe vários nomes: casa de Deus (1 Tm 3,15) na qual habita sua
família, morada de Deus no Espírito, tenda de Deus entre os homens e
principalmente templo santo, que, representado pelos santuários de pedra, é louvado
pelos santos Padres e, não sem razão, comparado na Liturgia com a Cidade
santa, a nova Jerusalém. Pois nela somos, nesta terra, como as pedras vivas
que entram na construção. E João contempla esta cidade santa que, na
renovação do mundo, desce do céu, de junto de Deus, adornada como uma esposa
enfeitada para seu esposo (Ap 21,1-2).
|
§ 857
|
A
Igreja é apostólica por ser fundada sobre os apóstolos, e isto em um tríplice
sentido:
"Pastor
eterno, vós não abandonais o rebanho, mas o guardais constantemente pela
proteção dos Apóstolos. E assim a Igreja é conduzida pelos mesmos pastores
que pusestes à sua frente como representantes de vosso Filho, Jesus Cristo,
Senhor nosso".
|
§ 865
|
A
Igreja é una, santa, católica e apostólica em sua identidade profunda e
última, porque é nela que já existe e será consumado no fim dos tempos
"o Reino dos céus", "o Remo de Deus", que veio na Pessoa
de Cristo e cresce misteriosamente no coração dos que lhe são incorporados,
até sua plena manifestação escatológica. Então todos os homens remidos por
ele, tornados nele "santos e imaculados na presença de Deus no
Amor", serão reunidos como o único Povo de Deus, "a Esposa do
Cordeiro", "a Cidade Santa descida do Céu, de junto de Deus, com a
Glória de Deus nela", e "a muralha da cidade tem doze alicerces,
sobre os quais estão os nomes dos doze Apóstolos do Cordeiro" (Ap
21,14).
|
§ 869
|
A
Igreja é apostólica: está construída sobre fundamentos duradouros: "Os
doze Apóstolos do Cordeiro"; ela é indestrutível; é infalivelmente
mantida na verdade: Cristo a governa por meio de Pedro e dos demais
apóstolos, presentes em seus sucessores, o Papa e o colégio dos Bispos.
|
§ 1342
|
Desde o
início, a Igreja foi fiel ao mandato do Senhor. Da Igreja de Jerusalém se
diz:
Eles
eram perseverantes ao ensinamento dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à
fração do pão e às orações. (...) Dia após dia, unânimes, mostravam-se
assíduos no templo e partiam o pão pelas casas, tomando o alimento com
alegria e simplicidade de coração (At 2,42.46).
|
§ 2032
|
A
Igreja, "coluna e sustentáculo da verdade" 1 Tm 3,15) "recebeu
dos Apóstolos o solene mandamento de Cristo de pregar a verdade da
salvação". "Compete à Igreja anunciar sempre e por toda parte os
princípios morais, mesmo referentes à ordem social, e pronunciar-se a
respeito de qualquer questão humana, enquanto o exigirem os direitos
fundamentais da pessoa ou a salvação das almas."
|
Imposição das mãos e os
Apóstolos
§ 699
|
A mão.
E impondo as mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as criancinhas. Em nome
dele, os apóstolos farão o mesmo. Melhor ainda: é pela imposição das mãos dos
apóstolos que o Espírito Santo é dado. A Epístola aos Hebreus inclui a
imposição das mãos entre os "artigos fundamentais" de seu
ensinamento. A Igreja conservou este sinal da efusão onipotente do Espírito
Santo em suas epicleses sacramentais.
|
§ 1288
|
"Desde
então, os apóstolos, para cumprir a vontade de Cristo, comunicaram aos
neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito que leva a graça do
Batismo à sua consumação. E por isso que na Epístola aos Hebreus ocupa um
lugar, entre os elementos da primeira instrução cristã, a doutrina sobre os
batismos e também sobre a imposição das mãos. A imposição das mãos é com
razão reconhecida pela tradição católica como a origem do sacramento da
Confirmação que perpétua, de certo modo, na Igreja, a graça de
Pentecostes."
|
§ 1299
|
No rito
romano, o Bispo estende as mãos sobre o conjunto dos confirmandos, gesto que,
desde o tempo dos Apóstolos, é o sinal do dom do Espírito. Cabe ao Bispo
invocar a efusão do Espírito:
Deus
Todo-Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que pela água e pelo
Espírito Santo fizestes renascer estes vossos servos, libertando-os do
pecado, enviai-lhes o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o espírito
de sabedoria e inteligência, o espírito de conselho e fortaleza, o espírito
da ciência e piedade - e enchei-os do espírito de vosso temor. Por Cristo
Nosso Senhor.
|
§ 1315
|
"Tendo
ouvido que a Samaria acolhera a palavra de Deus, os Apóstolos, que estavam em
Jerusalém, enviaram-lhes Pedro e João. Estes, descendo até lá, oraram por
eles, a fim de que recebessem o Espírito Santo Pois ele ainda não descera
sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em nome do Senhor
Jesus. Então começaram a impor-lhes as mãos, e eles recebiam o Espírito
Santo" (At 8,14-17).
|
Instituição da Eucaristia e os
Apóstolos
§ 610
|
Jesus
expressou de modo supremo a oferta livre de si mesmo na refeição que tomou
com os Doze Apóstolos na "noite em que foi entregue" (1 Cor 11,23).
Na véspera de sua Paixão, quando ainda estava em liberdade, Jesus fez desta
Última Ceia com seus apóstolos o memorial de sua oferta voluntária ao Pai,
pela salvação dos homens: "Isto é o meu corpo que é dado por vós"
(Lc 22,19). "Isto é o meu sangue, o sangue da Aliança, que é derramado
por muitos para remissão dos pecados" (Mt 26,28).
|
§ 611
|
A
Eucaristia que instituiu naquele momento será o "memorial" de seu
sacrifício. Jesus inclui os apóstolos em sua própria oferta e lhes pede que a
perpetuem. Com isso, institui seus apóstolos sacerdotes da Nova Aliança:
"Por eles, a mim mesmo me santifico, para que sejam santificados na
verdade" (Jo 17,19).
|
§ 1337
|
Tendo
amado os seus, o Senhor amou-os até o fim. Sabendo que chegara a hora de
partir deste mundo para voltar a seu Pai, no decurso de uma refeição
lavou-lhes os pés e deu-lhes o mandamento do amor. Para deixar-lhes uma
garantia deste amor, para nunca afastar-se dos seus e para fazê-los
participantes de sua Páscoa, instituiu a Eucaristia como memória de sua morte
e de sua ressurreição, e ordenou a seus apóstolos que a celebrassem até a sua
volta, "constituindo-os então sacerdotes do Novo Testamento".
|
§ 1339
|
Jesus
escolheu o tempo da Páscoa para realizar o que tinha anunciado em Cafarnaum:
dar a seus discípulos seu Corpo e seu Sangue:
Veio o
dia dos ázimos, quando devia ser imolada a páscoa. Jesus enviou então Pedro e
João, dizendo: "Ide preparar-nos a Páscoa para comermos" ... Eles
foram (...) e prepararam a Páscoa. Quando chegou a hora, ele se pôs à mesa
com seus apóstolos e disse-lhes: "Desejei ardentemente comer esta páscoa
convosco antes de sofrer; pois eu vos digo que já não a comerei até que ela
se cumpra no Reino de Deus"... E tomou um pão, deu graças, partiu-o e
distribuiu-o a eles dizendo: "Isto é o meu corpo que é dado por vós.
Fazei isto em minha memória". E, depois de comer, fez o mesmo com o
cálice dizendo: "Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado
em favor de vós" (Lc 22,7-20).
|
§ 1340
|
Ao
celebrar a última Ceia com seus apóstolos durante a refeição pascal, Jesus
deu seu sentido definitivo à páscoa judaica. Com efeito, a passagem de Jesus
a seu Pai por sua Morte e sua Ressurreição, a Páscoa nova, é antecipada na
ceia e celebrada na Eucaristia que realiza a Páscoa judaica e antecipa a
Páscoa final da Igreja na glória do Reino.
|
§ 1341
|
"FAZEI
ISTO EM MEMÓRIA DE MIM"
O
mandamento de Jesus de repetir seus gestos e suas palavras "até que ele
volte" não pede somente que se recorde de Jesus e do que ele fez. Visa á
celebração litúrgica, pelos apóstolos e seus sucessores, do memorial de
Cristo, de sua vida, de sua Morte, de sua Ressurreição e de sua intercessão
junto ao Pai.
|
Ministério da Reconciliação e
os Apóstolos
§ 981
|
Depois
de sua Ressurreição, Cristo enviou seus Apóstolos para "anunciar a todas
as nações o arrependimento em seu Nome, em vista da remissão dos
pecados" (Lc 24,47). Este "ministério da reconciliação" (2Cor
5,18) os Apóstolos e seus sucessores não o exercem somente anunciando aos
homens o perdão de Deus merecido para nós por Cristo e chamando-os à
conversão e à fé, mas também comunicando-lhes a remissão dos pecados pelo
Batismo e reconciliando-os com Deus e com a Igreja graças ao poder das chaves
recebido de Cristo:
A
Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a remissão
dos pecados pelo sangue de Cristo e pela ação do Espírito Santo É nesta
Igreja que a alma revive, ela que estava morta pelos pecados, a fim de viver
com Cristo, cuja graça nos salvou.
|
§ 1442
|
A
vontade de Cristo é que toda a sua Igreja seja, na oração, em sua vida e em
sua ação, o sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que "ele
nos conquistou ao preço de seu sangue". Mas confiou o exercício do poder
de absolvição ao ministério apostólico, encarregado do "ministério da
reconciliação" (2Cor 5,18). O apóstolo é enviado "em nome de
Cristo", e "é o próprio Deus" que, por meio dele, exorta e
suplica: "Reconciliai-vos com Deus" (2Cor 5,20).
|
§ 1461
|
Como
Cristo confiou a seus apóstolos o ministério da Reconciliação, os Bispos,
seus sucessores, e os presbíteros, colaboradores dos Bispos, continuam a
exercer esse ministério. De fato, são os Bispos e os presbíteros que têm, em
virtude do sacramento da Ordem, o poder de perdoar todos os pecados "em
nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo".
|
Poder dos Apóstolos de perdoar
os pecados
§ 981
|
Depois
de sua Ressurreição, Cristo enviou seus Apóstolos para "anunciar a todas
as nações o arrependimento em seu Nome, em vista da remissão dos
pecados" (Lc 24,47). Este "ministério da reconciliação" (2Cor
5,18) os Apóstolos e seus sucessores não o exercem somente anunciando aos
homens o perdão de Deus merecido para nós por Cristo e chamando-os à
conversão e à fé, mas também comunicando-lhes a remissão dos pecados pelo
Batismo e reconciliando-os com Deus e com a Igreja graças ao poder das chaves
recebido de Cristo:
A
Igreja recebeu as chaves do Reino dos Céus para que se opere nela a remissão
dos pecados pelo sangue de Cristo e pela ação do Espírito Santo É nesta
Igreja que a alma revive, ela que estava morta pelos pecados, a fim de viver
com Cristo, cuja graça nos salvou.
|
§ 983
|
A
catequese empenhar-se-á em despertar e alimentar nos fiéis a fé na grandeza
incomparável do dom que Cristo ressuscitado concedeu à sua Igreja: a missão e
o poder de perdoar verdadeiramente os pecados, pelo ministério dos apóstolos
de seus sucessores:
O
Senhor quer que seus discípulos tenham um poder imenso: quer que seus pobres
servidores realizem em seu nome tudo que havia feito quando estava na terra.
Os
presbíteros receberam um poder que Deus não deu nem aos anjos nem aos
arcanjos. Deus sanciona lá no alto tudo o que os sacerdotes fazem aqui
embaixo.
Se na
Igreja não existisse a remissão dos pecados, não existiria nenhuma esperança,
nenhuma perspectiva de uma vida eterna e de uma libertação eterna. Demos
graças a Deus, que deu à Igreja tal dom.
|
§ 984
|
O Credo
relaciona "o perdão dos pecados" com a profissão de fé no Espírito
Santo Com efeito, Cristo ressuscitado confiou aos Apóstolos o poder de
perdoar os pecados quando lhes deu o Espírito Santo
|
§ 1442
|
A
vontade de Cristo é que toda a sua Igreja seja, na oração, em sua vida e em
sua ação, o sinal e instrumento do perdão e da reconciliação que "ele
nos conquistou ao preço de seu sangue". Mas confiou o exercício do poder
de absolvição ao ministério apostólico, encarregado do "ministério da
reconciliação" (2Cor 5,18). O apóstolo é enviado "em nome de
Cristo", e "é o próprio Deus" que, por meio dele, exorta e
suplica: "Reconciliai-vos com Deus" (2Cor 5,20).
|
§ 1444
|
Conferindo
aos apóstolos seu próprio poder de perdoar os pecados, o Senhor também lhes
dá a autoridade de reconciliar os pecadores com a Igreja. Esta dimensão eclesial
de sua tarefa exprime-se principalmente na solene palavra de Cristo a Simão
Pedro: "Eu te darei as chaves do Reino dos Céus, e o que ligares na
terra ser ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos
céus" (Mt 16,19). "O múnus de ligar e desligar, que foi dado a
Pedro, consta que também foi dado ao colégio do apóstolos, unido a seu chefe
(cf. Mt 18,18; 28,16-20)."
|
§ 1485
|
"Dizendo
isso, soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo; aqueles a
quem perdoardes os pecados ser-lhe-ão perdoados; aqueles aos quais os
retiverdes, ser-lhes-ão retidos" (Jo 20,22-23).
|
§ 1586.
|
No caso
do Bispo, trata-se de uma graça de força ("O Espírito que constitui
chefes": Oração de consagração do Bispo do rito latino): a graça de
guiar e de defender com força e prudência sua Igreja como pai e pastor, com
um amor gratuito por todos e uma predileção pelos pobres, doentes e
necessitados. Esta graça o impele a anunciar o Evangelho a todos, a ser o
modelo de seu rebanho, a precedê-lo no caminhada santificação,
identificando-se na Eucaristia com Cristo sacerdote e vítima, sem medo de
entregar a vida por suas ovelhas:
Pai,
que conheceis os corações, concedei a vosso servo que escolhestes para o
episcopado apascentar vosso santo rebanho e exercer irrepreensivelmente
diante de vós o sumo sacerdócio, servindo-vos noite e dia; que ele tome
incessantemente propício vosso olhar e ofereça os dons de vossa santa Igreja;
que, em virtude do espírito do sumo sacerdócio, tenha o poder de perdoar os
pecados segundo o vosso mandamento, distribua os cargos conforme vossa ordem
e se desligue de todo vinculo em virtude do poder que destes aos apóstolos;
que ele vos seja agradável por sua doçura e seu coração puro, oferecendo-vos
um perfume agradável, por intermédio de vosso Filho, Jesus Cristo..
|
Pregação dos Apóstolos
A
transmissão do Evangelho, segundo a ordem do Senhor, fez-se de duas maneiras:
ü
oralmente - "pelos apóstolos, que na pregação oral, por exemplos e
instituições, transmitiram aquelas coisas que ou receberam das palavras, da
convivência e das obras de Cristo ou aprenderam das sugestões do Espírito
Santo";
ü por
escrito - "como também por aqueles apóstolos e varões apostólicos que,
sob inspiração do mesmo Espírito Santo, puseram por escrito a mensagem da
salvação"
|
Recepção da doutrina dos
Apóstolos
§ 87
|
Os
fiéis, lembrando-se da palavra de Cristo a seus apóstolos: "Quem vos
ouve a mim ouve" (Lc 10,16), recebem com docilidade os ensinamentos e as
diretrizes que seus Pastores lhes dão sob diferentes formas.
|
§ 949
|
Na
comunidade primitiva de Jerusalém, os discípulos "mostravam-se assíduos
ao ensinamento dos Apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às
orações" (At 2,42).
A
comunhão na fé. A fé dos fiéis é a fé da Igreja, recebida dos Apóstolos,
tesouro de Vida que se enriquece ao ser compartilhado.
|
§ 2624
|
Na
primeira comunidade de Jerusalém, os fiéis se mostravam "assíduos ao
ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às
orações" (At 2,42). A seqüência é típica da oração da Igreja: fundada na
fé apostólica e autenticada pela caridade, ela é alimentada na Eucaristia.
|
Sacramento da Ordem e os
Apóstolos
§ 1087
|
Dessa
forma, Cristo ressuscitado, ao dar o Espírito Santo aos Apóstolos,
confia-lhes seu poder de santificação: eles tomam-se assim sinais
sacramentais de Cristo. Pelo poder do mesmo Espírito Santo, os Apóstolos
confiam este poder a seus sucessores. Esta "sucessão apostólica"
estrutura toda a vida litúrgica da Igreja; ela mesma é sacramental,
transmitida pelo sacramento da ordem.
|
§ 1536
|
A Ordem
é o sacramento graças ao qual a missão confiada por Cristo a seus Apóstolos
continua sendo exercida na Igreja até o fim dos tempos; é, portanto, o
sacramento do ministério apostólico. Comporta três graus: o episcopado, o
presbiterado e o diaconado.
(Sobre
a instituição e a missão do ministério apostólico por Cristo, veja-se acima.
Aqui, só se trata da via sacramental pela qual se transmite este ministério.)
|
§ 1565
|
Em
virtude do sacramento da Ordem, os presbíteros participam das dimensões
universais da missão confiada por Cristo aos Apóstolos. O dom espiritual que
receberam na ordenação prepara-os não para uma missão limitada e restrita,
"mas para a missão amplíssima e universal da salvação até os confins da
terra, "com o espírito pronto para pregar o Evangelho por toda parte".
|
§ 1576
|
Como o
sacramento da Ordem é o sacramento do ministério apostólico, cabe aos Bispos,
como sucessores dos apóstolos, transmitir "o dom espiritual",
"a semente apostólica". Os Bispos validamente ordenados, isto é,
que estão na linha da sucessão apostólica, conferem validamente os três graus
do sacramento da ordem.
|
§ 1577
|
VI.
Quem pode receber este sacramento?
"Só
um varão ('vir') batizado pode receber validamente a ordenação sagrada."
O Senhor Jesus escolheu homens ("viri") para formar o colégio dos
doze Apóstolos e os apóstolos fizeram o mesmo quando escolheram os
colaboradores que seriam seus sucessores na missão. O colégio dos Bispos, ao
qual os presbíteros estão unidos no sacerdócio, torna presente e atualiza, até
o retomo de Cristo, o colégio dos doze. A Igreja se reconhece vinculada por
essa escolha do próprio Senhor. Por isso, a ordenação de mulheres não é
possível.
|
§ 1594
|
O Bispo
recebe a plenitude do sacramento da ordem que o insere no Colégio episcopal e
faz dele o chefe visível da Igreja particular que lhe é confiada. Os Bispos,
como sucessores dos apóstolos e membros do Colégio, participam da
responsabilidade apostólica e da missão de toda a Igreja, sob a autoridade do
papa, sucessor de São Pedro.
|
Significação da palavra
apostolado
§ 858
|
Jesus é
o Enviado do Pai. Desde o início de seu ministério "chamou a si os que
quis, e dentre eles escolheu Doze para estarem com ele e para enviá-los a
pregar" (Mc 3,13-14). A partir daquela hora eles serão os seus
"enviados" (é o que significa a palavra grega
"apóstolo"). Neles continua a sua própria missão: "Como o Pai
me enviou, eu também vos envio" (Jo 20,21). Seu ministério é, portanto,
a continuação de sua própria missão: "Quem vos recebe a mim
recebe", diz ele aos Doze (Mt 10,40).
|
Sucessores dos Apóstolos
§ 77
|
"Para
que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo na Igreja, os
apóstolos deixaram como sucessores os bispos, a eles 'transmitindo seu
próprio encargo de Magistério." Com efeito, "a pregação
apostólica, que é expressa de modo especial nos livros inspirados, devia
conservar-se por uma sucessão contínua até a consumação dos tempos".
|
§ 861
|
"Para
que a missão a eles confiada fosse continuada após sua morte, confiaram a
seus cooperadores imediatos, como que por testamento, o múnus de completar e
confirmar a obra iniciada por eles, recomendando-lhes que atendessem a todo o
rebanho no qual o Espírito Santo os instituíra para apascentar a Igreja de
Deus. Constituíram, pois, tais varões e administraram-lhes, depois, a
ordenação a fim de que, quando eles morressem outros homens íntegros
assumissem seu ministério."
|
§ 862
|
"Assim
como permanece o múnus que o Senhor concedeu singularmente a Pedro, o
primeiro dos apóstolos, a ser transmitido a seus sucessores, da mesma forma
permanece todos Apóstolos de apascentar a Igreja, o qual deve ser exercido
para sempre pela sagrada ordem dos Bispos." Eis por que a Igreja ensina
que "os bispos, por instituição divina, sucederam aos apóstolos como
pastores da Igreja, de sorte quem os ouve, ouve a Cristo, e quem os despreza,
despreza a (aquele por quem Cristo foi enviado".
|
§ 863
|
O
APOSTOLADO
Toda a
Igreja é apostólica na medida em que, por meio dos sucessores de São Pedro e
dos apóstolos, permanece em comunhão de fé e de vida com sua origem. Toda a
Igreja é apostólica na medida em que é "enviada" ao mundo inteiro;
todos os membros da Igreja, ainda que de formas diversas, participam deste
envio. "A vocação cristã é também por natureza vocação ao
apostolado." Denomina-se "apostolado" "toda a atividade
do Corpo Místico" que tende a "estender o reino de Cristo a toda a
terra".
|
§ 892
|
A
assistência divina é também dada aos sucessores dos apóstolos, ao ensinarem
em comunhão com o sucessor de Pedro e, de modo particular, com o Bispo de
Roma, Pastor de tida a Igreja, quando, mesmo sem chegar a uma definição
infalível e sem se pronunciar de "forma definitiva", propõem no
exercício do magistério ordinário um ensinamento que leva a uma compreensão
melhor da Revelação em matéria de fé e de costumes. A este ensinamento
ordinário os fiéis devem "ater-se com religioso obséquio do
espírito" [eique religioso obsequio adhaerere debent] qual, embora se
distinga do assentimento da fé, o prolonga.
|
§ 938
|
Os
Bispos, estabelecidos pelo Espírito Santo, sucedem aos Apóstolos. São,
"cada um por sua parte, princípio visível e, fundamento da unidade em
suas igrejas particulares.
|
§ 1313
|
No rito
latino, o ministro ordinário da confirmação é o Bispo. Embora o Bispo possa,
quando houver necessidade, conceder aos presbíteros a faculdade de
administrar a Confirmação, é conveniente que ele mesmo o confira, não
esquecendo que é por este motivo que a celebração da Confirmação foi separada
temporalmente do Batismo. Os Bispos são os sucessores dos Apóstolos,
receberam a plenitude do sacramento da Ordem. A administração deste
sacramento pelos Bispos marca bem que ele tem como efeito unir aqueles que o
receberam mais intimamente à Igreja, às suas origens apostólicas e à sua
missão de dar testemunho de Cristo.
|
§ 1560
|
Cada
Bispo, como vigário de Cristo, tem o encargo pastoral da Igreja particular
que lhe foi confiada, mas ao mesmo tempo ele, colegialmente, com todos os
seus irmãos no episcopado, deve ter solicitude por todas as Igrejas: "Se
cada Bispo só é pastor propriamente dito da porção do rebanho que lhe foi
confiada, sua qualidade de legítimo sucessor dos apóstolos por instituição divina
o toma solidariamente responsável pela missão apostólica da Igreja".
|
§ 1562
|
"Cristo,
a quem o Pai santificou e enviou ao mundo (Jo 10,36), fez os Bispos
participantes de sua consagração e missão, por meio dos apóstolos, de quem
são sucessores. Os Bispos transmitiram legitimamente o múnus de seu
ministério em grau diverso a pessoas diversas na Igreja." "O múnus
de seu ministério foi por sua vez confiado em grau subordinado aos
presbíteros, para que constituídos na ordem do presbiterado com o fito de
cumprir a missão apostólica transmitida por Cristo - fossem os colaboradores
da ordem episcopal."
|
§ 2068
|
O
Concílio de Trento ensina que os dez mandamentos obrigam os cristãos e que o
homem justificado ainda está obrigado a observá-los. E o Concílio Vaticano II
afirma a mesma doutrina:
"Como
sucessores dos Apóstolos, os Bispos recebem do Senhor (...)a missão de
ensinar a todos os povos e pregar o Evangelho a toda criatura, a fim de que
os homens todos, pela fé, pelo Batismo e pela observância dos mandamentos,
alcancem a salvação"
|
Testemunho dos Apóstolos
§ 664
|
O
sentar-se à direita do Pai significa a inauguração do Reino do Messias,
realização da visão do profeta Daniel no tocante ao Filho do Homem: "A
Ele foram outorgados o império, a honra e o reino, e todos os povos, nações e
línguas o serviram. Seu império é um império eterno que jamais passará, e seu
reino jamais será destruído" (Dn 7,14). A partir desse momento, os
apóstolos se tomaram as testemunhas do "Reino que não terá fim".
|
§ 1518
|
Palavra
e sacramento formam um todo inseparável. A Liturgia da Palavra, precedida de
um ato penitencial, abrirá a celebração. As palavras de Cristo, o testemunho
dos apóstolos despertam a fé do enfermo e da comunidade para pedir ao Senhor
a força de seu Espírito.
|
Transmissão da fé e os
Apóstolos
§ 171
|
A
Igreja, que é "a coluna e o sustentáculo da verdade" (1 Tm 3,15),
guarda fielmente a fé uma vez por todas confiada aos santos. E ela que
conserva a memória das Palavras de Cristo, é ela. que transmite de geração em
geração a confissão de fé dos apóstolos. Como uma mãe que ensina seus filhos
a falar e, com isto, a, compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, nos
ensina a linguagem da fé para introduzir-nos na compreensão e na vida da fé.
|
§ 173
|
"Com
efeito, a Igreja, embora espalhada pelo mundo inteiro até os confins da
terra, tendo recebido dos apóstolos e dos discípulos deles a fé... guarda
[esta pregação e esta fé] com cuidado, como se habitasse em uma só casa;
nelas crê de forma idêntica, como se tivesse uma só alma; e prega as verdades
de fé, as ensina e transmite com voz unânime, como se possuísse uma só
boca".
|
§ 605
|
Este
amor não exclui ninguém. Jesus lembrou-o na conclusão da parábola da ovelha
perdida: "Assim, também, não é da vontade de vosso Pai, que está nos
céus, que um destes pequeninos se perca" (Mt 18,14). Afirma ele
"dar sua vida em resgate por muitos" (Mt 20,28); este último termo
não é restritivo: opõe o conjunto da humanidade à única pessoa do Redentor
que se entrega para salvá-la. A Igreja, no seguimento dos apóstolos, ensina
que Cristo morreu por todos os homens sem exceção: "Não há, não houve e
não haverá nenhum homem pelo qual Cristo não tenha sofrido".
|
§ 815
|
Quais
são estes vínculos da unidade? "Sobre tudo isso [está] a caridade, que é
o vínculo da perfeição" (Cl 3,14). Mas a unidade da Igreja peregrinaste
é também assegurada por vínculos visíveis de comunhão:
|
§ 816
|
"A
única Igreja de Cristo (...) é aquela que nosso Salvador depois de sua
Ressurreição, entregou a Pedro para que fosse seu pastor e confiou a ele e
aos demais Apóstolos para propagá-la e regê-la... Esta Igreja, constituída e
organizada neste mundo como uma sociedade, subsiste na ( "subsistit
in") Igreja Católica governada pelo sucessor de Pedro e pelos Bispos em
comunhão com ele":
O
Decreto sobre o Ecumenismo, do Concílio Vaticano II, explicita: "Pois
somente por meio da Igreja católica de Cristo, 'a qual é meio geral de
salvação', pode ser atingida toda a plenitude dos meios de salvação. Cremos
que o Senhor confiou todos os bens da Nova Aliança somente ao Colégio
Apostólico, do qual Pedro é o chefe, a fim de constituir na terra um só Corpo
de Cristo, ao qual é necessário que se incorporem plenamente todos os que, de
que alguma forma, já pertencem ao Povo de Deus".
|
§ 889
|
Para
manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos apóstolos, Cristo quis
conferir à sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade, ele que
é a Verdade. Pelo "sentido sobrenatural da fé", o Povo de Deus
"se atém indefectivelmente à fé", sob a guia do Magistério vivo da
Igreja.
|
§ 1124
|
A fé da
Igreja é anterior à fé do fiel, que é convidado a aderir a ela. Quando a
Igreja celebra os sacramentos, confessa a fé recebida dos apóstolos. Daí o
adágio antigo: lex orandi, lex credendi ("a lei da oração é a lei da
fé") (ou então: legem credendi, lex statuat supplicandia lei do que
suplica estabeleça a lei do que crê, segundo Próspero de Aquitânia [século
V]). A lei da oração é a lei da fé, ou seja: a Igreja traduz em sua profissão
de fé aquilo que expressa em sua oração. A liturgia é um elemento
constitutivo da santa e viva Tradição.
|
Transmissão da palavra de Deus
e Apóstolos
Os que
com a ajuda de Deus acolheram o chamado de Cristo e lhe responderam
livremente foram por sua vez impulsionados pelo amor de Cristo a anunciar por
todas as partes do mundo a Boa Notícia. Este tesouro recebido dos apóstolos
foi guardado fielmente por seus sucessores. Todos os fiéis de Cristo são
chamados a transmiti-lo de geração em geração, anunciando a fé, vivendo-a na
partilha fraterna e celebrando-a na liturgia e na oração.
|
|
§ 81
|
"A
Sagrada Escritura é a Palavra de Deus enquanto redigida sob a moção do
Espírito Santo".
Quanto
à Sagrada Tradição, ela "transmite integralmente aos sucessores dos
apóstolos a Palavra de Deus confiada por Cristo Senhor e pelo Espírito Santo
aos apóstolos para que, sob a luz do Espírito de verdade, eles, por sua
pregação, fielmente a conservem, exponham e difundam".
|
§ 84
|
"O
patrimônio sagrado" da fé ("depositum fidei"), contido na
Sagrada Tradição e na Sagrada Escritura, foi confiado pelos apóstolos à
totalidade da Igreja. "Apegando-se firmemente ao mesmo, o povo santo todo,
unido a seus Pastores, persevera continuamente na doutrina dos apóstolos e na
comunhão, na fração do pão e nas orações, de sorte que na conservação, no
exercício e na profissão da fé transmitida se crie uma singular unidade de
espírito entre os bispos e os fiéis."
|
§ 96
|
O que
Cristo confiou aos apóstolos, estes o transmitiram por sua pregação e por
escrito, sob a inspiração do Espírito Santo, a todas as gerações, até a volta
gloriosa de Cristo.
|
§ 126
|
Na
formação dos Evangelhos podemos distinguir três etapas:
1. A
vida e o ensinamento de Jesus. A Igreja defende firmemente que os quatro
Evangelhos, "cuja historicidade afirma sem hesitação, transmitem
fielmente aquilo que Jesus, Filho de Deus, ao viver entre os homens,
realmente fez e ensinou para a eterna salvação deles, até o dia em que foi
elevado".
2. A
tradição oral. "O que o Senhor dissera e fizera, os apóstolos, após a
ascensão do Senhor, transmitiram aos ouvintes, com aquela compreensão mais
plena de que gozavam, instruídos que forram pelos gloriosos acontecimentos de
Cristo e esclarecidos pela luz do Espírito de verdade."
3. Os
Evangelhos escritos. "Os autores sagrados escreveram os quatro
Evangelhos, escolhendo certas coisas das muitas transmitidas ou oralmente ou
já por escrito, fazendo síntese de outras ou explanando-as com vistas à
situação das igrejas, conservando, enfim, a forma de pregação, sempre de
maneira a transmitir-nos, a respeito de Jesus, coisas verdadeiras e sincera.
"
|
§ 571
|
O
mistério pascal da Cruz e da Ressurreição de Cristo está no centro da Boa
Nova que os apóstolos e a Igreja, na esteira deles, devem anunciar ao mundo.
O projeto salvador de Deus realizou-se "uma vez por todas" (Hb
9,26) pela morte redentora de seu Filho, Jesus Cristo.
|