domingo, 30 de dezembro de 2012

SINAL DA CRUZ






O SINAL DA CRUZ 


(†)-Pelo sinal da Santa Cruz, (†) livrai-nos Deus, Nosso Senhor, (†) dos nossos inimigos, (†) em nome do Pai, do Filho
e do Espírito Santo. Amém.


Quantas pessoas fazem o Sinal da Cruz, ou como se costuma dizer, o “Pelo Sinal” antes das orações, ou pelo menos uma vez ao dia?
A impressão que temos é que o número é bastante reduzido, especialmente entre os mais jovens.
A maioria faz, e às vezes de modo displicente, como um salamaleque, o “Em nome do Pai”, ficando apenas no gesto, sem invocar a Santíssima Trindade.
O Sinal da Cruz é uma oração importante que deve ser rezada logo que acordamos, como a nossa primeira oração, para que Deus, pelos méritos da Cruz de Seu Divino Filho, nos proteja durante todo o dia.
Com este Sinal, que é o sinal do cristão, nós pedimos proteção contra os nossos inimigos.
Que inimigos?
Todos aqueles que atentem contra a nossa pessoa, para nos causar tanto males físicos, quanto espirituais.
O Sinal da Cruz, feito antes de iniciarmos as nossas orações, nos predispõe a bem rezar.

† Pelo sinal da Santa Cruz: ao traçarmos a primeira cruz em nossa testa, nós estamos pedindo a Deus que proteja a nossa mente dos maus pensamentos, das ideologias malsãs e das heresias, que tanto nos tentam nos dias de hoje e mantendo a nossa inteligência alerta contra todos os embustes e ciladas do demônio;
† Livrai-nos Deus, Nosso Senhor: com esta segunda cruz sobre os lábios, estamos pedindo para que de nossa boca só saiam palavras de louvor: louvor a Deus, louvor aos Seus Santos e aos Seus Anjos; de agradecimento a Deus, pois tudo o que somos e temos são frutos da Sua misericórdia e do Seu amor e não dos nossos méritos;
que as nossas palavras jamais sejam ditas para ofender o nosso irmão.
† Dos nossos inimigos – esta terceira cruz tem como objetivo proteger o nosso coração contra os maus sentimentos: contra o ódio, a vaidade, a inveja, a luxúria e outros vícios; fazer dele uma fonte inesgotável de amor a Deus, a nós mesmos e ao nosso próximo; um coração doce, como o de Maria e manso e humilde como o de Jesus.

Padre Marcelo Rossi



http://osegredodorosario.blogspot.com.br/2012/07/as-sete-peticoes-do-pai-nosso-catecismo.html

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

"Não é católico aquele que se diz católico, mas aquele que vive a doutrina da Igreja. Não é doutrina da Igreja interpretada por uma pessoa ou por outra pessoa. É a Doutrina da Igreja que é dada pelo Magistério" - Cardeal Eugênio Salles


Entenda os ‘por quês’ dos costumes Católicos -

A adoração católica é chamada Santa Missa e, ao contrário do que as pessoas possam pensar, não é o mesmo que um culto cristão comum. Na verdade, a Missa católica não é um culto, mas sim um Sacrifício e uma Celebração de ação de Graças. No entanto, antes mesmo que a Santa Missa comece, há várias tradições que se vêem na igreja, como a bênção com água benta, o sinal da Cruz, etc, que à primeira vista podem parecer estranhas, mas podem ser facilmente explicadas, pois todas elas têm uma razão de ser e remontam-nos aos primórdios da Cristandade.

Velas na Igreja - Simbolizam os ensinamentos de Cristo, ‘a luz do mundo “(João, 8:12). Elas também simbolizam a oração. Sempre que alguém não pode estar fisicamente ou permanecer na igreja para orar por um pedido especial, é comum que se acenda uma vela para simbolizar a oração que será feita em outro lugar, enquanto a vela se queima na Igreja, o templo de Deus.

Sinal da Cruz fora da igreja - Toda Igreja Católica possui um altar onde se encontra o tabernáculo. Semelhantemente à Arca da Aliança do Antigo Testamento, que guardava o Maná celestial e se encontrava no Lugar Sagrado do Templo Judeu, o tabernáculo Católico possui a presença perpétua de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como sinal de reverência à presença de Cristo no Altar, o Católico devoto faz o sinal da Cruz, em honra à Santíssima Trindade, ou a genuflexão do joelho direito, ao passar diante de uma igreja. Isso não uma superstição, como alguns imaginam, mas uma demonstração de devoção e reverência ao Cristo Salvador no Santíssimo Sacramento.

Incenso – Usado como um símbolo de oração desde os tempos bíblicos. A fumaça flutua para cima à Deus, e representa nossas orações (Apocalipse 5:8, 8:3-4). O incenso é usado igualmente como um símbolo de purificação, um costume cristão-judaico.

Estátuas, esculturas e imagens de santos – Esse costume remonta à Bíblia, quando Deus ordenou aos israelitas que preenchessem o local de culto com imagens de anjos (Êxodo 25:18-20, 1 Crônicas 28:18-19, Ezequiel 41 :17-20). Isso ocorre porque lugares sagrados simbolizam o céu e para nos lembrarmos de Deus. As imagens são, portanto, representações dos habitantes do céu no lugar de adoração na terra. Além disso, os cristãos antigos, antes da Bíblia ter sido compelida pela Igreja, na sua maioria eram pessoas iliteradas e não sabiam ler. O uso de pinturas, estátuas e imagens representando cenas do Evangelho ou personagens bíblicos era uma maneira prática e eficaz de ensinar o Evangelho, transmiti-lo e manterem vivos os ensinamentos de Jesus.

O Tabernáculo – É o lugar onde a Eucaristia é mantida para devoção dos fiéis. O Tabernáculo é como a Arca da Aliança Bíblica que detinha o maná que Deus enviou do céu para os israelitas comerem no deserto (Êxodo 16:4). Jesus na Eucaristia é o maná que Deus enviou do céu para os cristãos católicos (Jo 6:32,41). Desta forma, o Tabernáculo detém a Eucaristia, como a Arca da Aliança no Antigo Testamento. Os católicos acreditam que Jesus está realmente presente na Eucaristia, é por isso em sinal de respeito e reverência, elas genuflexionam brevemente quando passam na frente do tabernáculo, ou se benzem ao passar em frente a uma igreja.

As vestes Sacerdotais – Padres católicos não podem usar qualquer roupa durante a celebração eclesial – (Ex 28:4-42), sobretudo ao celebrarem o Santo Sacrifício da Missa. As vestes litúrgicas, de maneira alguma, se preservaram as mesmas desde a fundação da Igreja até os dias atuais. Não são tão grandes, entretanto, as diferenças entre as vestimentas usadas durante o Santo Sacrifício no período pré-Constantino, e mesmo nos séculos seguintes, e os agora hábitos usados nas celebrações da Igreja, entre o rito da Igreja primitiva, e nos tempos modernos. Os parâmentos litúrgicos do Rito Latino são: o amice, alva, cíngulo, manípulo, a estola, tunicle, dalmática, sobrepeliz, casula, enfrentar, sandálias, meias (ou coturnos), luvas de mitra, pálio succinctorium, Fanone.

A bênção com água benta – Igrejas católicas têm, frequentemente, fontes de água benta, ou uma pia batismal, logo na entrada principal da igreja, que os fiéis costumam molhar seus dedos ao entrarem na Igreja, benzendo-se ao fazerem o sinal da cruz. Os Judeus do Antigo Testamento lavavam-se com água antes de entrarem no recinto do Templo. Partindo de um ritual familiar aos judeus, João Batista utilizou-se da água para executar o ritual do batismo, quem então representava o arrependimento dos pecados e purificação. Assim, quando nós bezemos com o sinal da Cruz e a água benta ao entrarmos e sairmos da igreja, lembramos essa tradição. Essa prática se refere, portanto, ao nosso batismo, pois com água somos regenerados em Cristo e recebidos em Sua Igreja.

Por que os católicos rezam sete vezes ao dia?

O Divino Ofício, ou Liturgia das Horas, é uma antiga tradição que vem do Antigo Testamento, desde o rei Davi, “sete vezes por dia louvarei o teu nome, ó Senhor”. Esta tradição católica é observada obrigatoriamente por religiosos ordenados, mas também expontâneamente por membros leigos da Igreja.

Por que marcam as frontes com cinzas na quarta-feira de cinzas?

Para os judeus antigos, vestir-se com pano de saco e cobrir-se ou sentar em cinzas mostrava arrependimento e humildade, esse costume era tido como uma penitência. Assim, a igreja primitiva adotou a prática do uso de cinzas no início da Quaresma para mostrar arrependimento e conversão à Deus. As cinzas hoje nos lembram “Convertei-vos e permanecei fiéis ao Evangelho”, bem como que o nosso tempo na terra passará, mas a nossa vida no céu dura para sempre.

Por que acreditamos que o Papa é o chefe da Igreja na terra?

A Igreja é o corpo de Jesus Cristo, onde Jesus é a Cabeça e nós somos os membros. Jesus deu a Pedro o seu nome, que significa pedra, e declarou que construiria sua Igreja sobre aquela pedra, Pedro. Jesus também deu a Pedro as “chaves do reino dos céus” (Mateus 16:19) e prometeu aos Apóstolos que as “portas do inferno não prevaleceriam contra Sua Igreja”.

Nos dias de Jesus, a pessoa que possuía as chaves do reino representava o rei, e somente o rei poderia confiar as chaves do seu reino para quem ele decidisse. Quando Jesus entregou as chaves do seu Reino à Pedro ele estava fazendo uma referência simbólica ao gesto do Rei Davi no Antigo Testamento; quando ele deu as chaves do seu reino ao seu primeiro-ministro, confiando a ele reconhecimento público de sua autoridade enquanto seu leal representante. Este foi um gesto de confiança, mas também um sinal para os outros ministros de aquele que portava a chave era o líder dentre os ministros, e poderia agir com a autoridade de tal. Do mesmo modo, Jesus sinalizou que à Pedro fora dado um papel especial de liderança. Os Católicos acreditam que a autoridade de São Pedro não terminou com sua morte, mas foi passada aos seus sucessores, que também tornaram-se chefes da Igreja.

Porque nós cantamos canções de Natal?

A palavra “carol” significa canção de alegria. São Francisco de Assis introduziu pela primeira vez o espírito alegre das corolas ou canções de Natal na Europa no século XIII. Ele criou presépios da natividade onde os atores cantavam a história do nascimento de Cristo na linguagem do público. São Francisco incentivava aos ouvintes a juntarem-se ao tempo festivo, as canções da espalharam da Itália para o resto da Europa e depois para as Américas.

Por que dizem “amém” ao final de algumas orações?

Em hebraico, a palavra “Amém” compartilha a mesma raiz que a palavra “acreditar”. Esta raiz também expressa confiança e fidelidade. Quando você lê os evangelhos, em algumas traduções verá que às vezes Jesus usa a palavra “Amém” duas vezes em uma linha para sublinhar a confiabilidade de seu ensinamento. Ele queria que seus ouvintes prestassem uma atenção especial ao que estava a dizer. Assim, quando dizemos “amém” no final de uma oração, reforçamos a nossa fé no que foi dito. Também expressamos nossa confiança de que Deus ouve nossas orações.

Por que os católicos dão o sinal da paz durante a missa?

As primeiras palavras de Jesus aos seus apóstolos depois da ressurreição foram: “A paz esteja convosco” (João 20:21). Depois disso o medo dos Apóstolos desapareceu. Ao oferecer um ao outro o sinal da paz na missa, partilhamos essa paz com todo o Corpo de Cristo. Jesus também nos disse para nos reconciliarmos uns com os outros antes de nos aproximarmos do altar de Deus (Mateus 5:23). Assim, o sinal da paz é um gesto de reconciliação com aqueles que nos rodeiam, antes de vir ao altar para receber a Sagrada Comunhão. Note que os registros já a partir de cerca de 155 DC por Justino Mártir mostram que os primeiros cristãos trocavam o beijo da paz na celebração da Missa, quando as orações eram concluídas. Esta tradição parece ter persistido e evoluído para o aperto de mão de hoje.

Por que fazem o sinal da cruz?

No século dois, quando esta prática começou, era comum a honrar um governante com um gesto de respeito, seja dobrando o joelho ou prostando-se até a tocar a testa no solo, tais gestos eram maneiras rituais para mostrar humildade diante de uma pessoa de grande poder. O Sinal da Cruz tornou-se uma tal devoção à Santíssima Trindade, e agia como um sinal de reconhecimento entre os primeiros cristãos, que às vezes eram forçados a adorar em segredo. Agora, uma oração em si mesma, cada vez que fazemos o sinal da cruz que expressamos o respeito a Deus e fazemos descer as suas bênçãos sobre nós mesmos.

Por que os católicos se benzem ao entrarem e sairem da igreja?

Antigo Testamento os judeus lavadas com água antes de entrar no recinto do Templo. Partindo de um ritual familiar para os judeus, João Batista da água usada para representar o arrependimento dos pecados e purificação. Então, quando nós nos benzemos com água benta ao entrar e sair da igreja lembramos essa história. Igualmente, esse gesto se recorda do nosso batismo, pois com a água do batismo são lavados nossos pecados e renunciamos à Satanás e suas obras.